Autor do ataque em pensionato de Maringá conhecia as vítimas e morava na casa há mais de um ano

O enterro da vítima será nesta segunda-feira (18/3), às 15h, no Cemitério Municipal de Conchas, no interior de São Paulo.

  • O autor do ataque em um pensionato de Maringá na Zona 7 conhecia as vítimas e era considerado amigo de todos no local. Ainda abalada, na manhã desta segunda-feira (18/3) a proprietária da pensão disse que conhecia o homem há cerca de seis anos. Ele morou por três anos no pensionato, saiu e tinha retornado há um ano e meio para a casa.

    De acordo com a Polícia Civil, Osvaldo dos Santos Pereira Junior, de 26 anos, entrou no pensionato por volta das 2h da manhã de domingo (17/3) e atacou três rapazes que estavam na cozinha. Dois conseguiram fugir e foram perseguidos na rua pelo suspeito.

    As vítimas e vizinhos ouviram a confusão e acionaram a Polícia. O homem havia retornado para a casa para atacar outros moradores quando foi preso pelos policiais.

    Segundo o delegado de homicídios de Maringá, Diego Almeida, a principal hipótese é que o autor do ataque teve um surto psicótico causado por uso de drogas. Porém, o celular do suspeito também será analisado. “Ele era conhecido da vítima. A princípio serio isso [surto psicótico], mas não descartamos nenhuma outra hipótese”.

    O estudante do Mestrado em Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Orivaldo José da Silva Filho, mais conhecido como Mima, de 22 anos, foi atacado pelo suspeito. Ele tentou fugir, mas não resistiu e morreu no local.

    Outras duas pessoas também ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais da cidade. Luiz Roberto dos Santos, de 19 anos, que também foi esfaqueado, foi encaminhado para o Hospital Bom Samaritano. O quadro de saúde dele é considerado estável, mas ele permanece internado no CTI e sem previsão de alta.

    Henrique Mantovan, de 22 anos, foi encaminhado para o Hospital Universitário de Maringá (HUM). A assessoria de comunicação do hospital informou que o paciente se recupera bem, mas ainda continuada abalado psicologicamente. A previsão é que ele continue no hospital nesta segunda-feira e depois tenha alta.

    Estudante desejava ser professor na UEM

    Orivaldo José da Silva Filho era de Conchas, cidade no interior de São Paulo. A pequena cidade, com cerca de 17 mil habitantes, parou para acompanhar o velório. O enterro será nesta segunda-feira (18/3), às 15h, no Cemitério Municipal de Conchas.

    Orivaldo da Silva morava em Maringá há 6 anos e, como muitos jovens, saiu de casa com o sonho de fazer uma faculdade. Ele se formou em Química na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), no campus de Apucarana. Silva estava no início do segundo ano no Curso de Mestrado em Química do Programa de Pós-Graduação em Química da UEM e se preparava para o doutorado.

    O primo do estudante, Juan Diego, de 36 anos, contou que o sonho de Mima era ser docente na UEM. Atualmente, ele atuava como professor do cursinho Foxtrot Concurso e Vestibulares, de Apucarana. “Na escola ele sempre se destacava em química, tirava notas boas e depois ele batalhou para entrar nessa área”, disse.

    Segundo Diego, o estudante nunca relatou qualquer desentendimento com outros moradores do pensionato ou com o autor do ataque. “Ele era uma pessoa que convivia muito bem com todo mundo”, afirmou o primo. De acordo com ele, Mima conversava com o autor do ataque e os dois chegavam a sentar na mesa juntos para comer.

    O primo de Mima, Juan Diego, diz que ele também era religioso. O estudante era catequista na paróquia Santa Maria Goretti, em Maringá. O padre responsável pela paróquia, Reginaldo Teruel, gravou um vídeo para as redes sociais lamentando a morte de Mima.

    https://www.facebook.com/ArquidioceseMaringa/videos/vb.119132454877629/2297529997238745/?type=2&theater

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