Enxurrada invade carro e estudante revela momentos de tensão na Avenida Nildo Ribeiro, onde os alagamentos são frequentes

  • Na sexta-feira (4/1), o estudante Pedro Antônio Donaire Meyer passou por momentos de tensão e medo enquanto dirigia pela Avenida Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha. Ele e outros dois colegas viram a água da enxurrada entrar dentro do carro sem terem o que fazer.

    Pedro conta que passava pela avenida, perto da entrada do antigo Water Park e do cruzamento com a Avenida Itororó, por volta das 20h durante a chuva forte que caiu em Maringá. “Decidi passar porque apesar da enxurrada, ainda era possível ver o canteiro central da avenida. Mas foi só começar a atravessar que a água subiu de repente, muito rápido, como se uma onda tivesse surgido. A correnteza era forte”, conta o jovem.

    Segundo o estudante, em questão de segundos o carrou parou de funcionar e a água começou a invadir o interior, chegando até a altura do volante. “Fiquei sentado na janela, com o corpo para fora do carro. Meu celular também molhou, mas consegui ligar para minha mãe para avisar que estávamos presos na enxurrada”, diz.

    O pai do rapaz foi até o local de moto. Eles esperaram a água baixar para arrastar o carro, que precisou ser rebocado por um guincho. Pedro não sabe precisar por quanto tempo ele e os amigos ficaram presos na avenida. “A gente ficou meio sem saber o que fazer e não sei quanto tempo demorou tudo isso, para mim e meus amigos pareceu uma eternidade.”

    Essa não foi a primeira vez que veículos foram invadidos pela água da chuva no mesmo trecho da avenida Arquiteto Nildo Ribeiro.

    O problema surge em dias de chuvas muito fortes e, de acordo com o secretário de Serviços Públicos (Semusp), Vagner de Oliveira, a enxurrada se acumula no local, que é uma baixada. “Em novembro, as galerias de água pluvial de toda a Nildo Ribeiro foram limpas”, defende.

    O secretário de Obras, Marcos Zucoloto, acredita que as galerias da avenida precisam de uma obra grande porque não suportam volumes grandes de chuva. Por enquanto, não há previsão de obras específicas no local, mas ele diz que intervenções em outros pontos podem ajudar. “Foi dada ordem de serviço para obras na Rua Motokishi Sonoda que devem atenuar o problema” acredita.

    Pedro, que viu o carro que não tem seguro ser invadido pela água, contou que ainda não foi procurar oficinas mecânicas para fazer o orçamento de conserto – caso seja possível consertar o veículo, um Ford Ka 2007.

    Ele disse que apenas retirou algumas peças de dentro e colocou para secar. Ele chegou a trocar o óleo e mesmo assim o carro não ligou. “Pelo menos o celular voltou a funcionar”, diz.

    O caso vivido pelo estudante serve de alerta para outros motoristas em casos de chuvas intensas na cidade. Até que novas obras sejam feitas, é melhor não arriscar a passagem pelo trecho da Avenida Nildo Ribeiro, onde há risco de alagamentos.

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