Um mês depois da solenidade que marcou a chegada dos 12 primeiros conteiners no terreno do antigo aeroporto, com materiais para a montagem do Hospital da Criança, nesta terça-feira (27/11) o maior movimento no canteiro de obras era de entrada de caminhões carregados de concreto.
A terraplenagem e o estaqueamento em madeira dos 13 blocos do hospital estão concluídos. A fase atual é de concretagem dos 1,6 mil pilares que darão sustentação aos pré-moldados, que já estão no local em 97 conteiners vindos dos EUA. Ainda faltam 19, com os equipamentos e kits de acabamento.
O engenheiro mestre da obra, Marcos Sbardellati, disse que serão usados 820 m³ de concreto nos pilares das fundações. A obra tem 24,2 mil m² de área construída em um terreno de 88 mil m². “Acredito que na segunda quinzena de dezembro estaremos montando o hospital”, disse.
Será nesta fase que os técnicos da fábrica norte-americana estarão no local para orientar a montagem dos pré-moldados. Os 13 blocos serão interligados por corredores e a entrada principal será pela Avenida Brasil, que será prolongada a partir da Gastão Vidigal, cortando a área do velho aeroporto.
Para se ter uma ideia prática do tamanho do hospital, do acesso ao canteiro de obras, feito por meio de um prolongamento da Rua Cambira (rotatória da Avenida Gastão Vidigal), até a entrada principal, que será no prolongamento Avenida Brasil, tem 1 km de distância.
O engenheiro explica que existirão inúmeras entradas de acesso aos blocos e que serão feitos dois sistemas viários, um exclusivo para serviços internos e outro para pacientes. Serão pelo menos quatro patamares de estacionamento. Dois deles logo na entrada principal, na Brasil.
Para cada fase da obra são contratadas empresas específicas. A primeira fez a terraplenagem e a segunda está executando as fundações. Sbardellati, da Organização Mundial da Família (OMF), explicou que enquanto serão montados os primeiros blocos, estarão sendo concretados os últimos pilares.
O Hospital da Criança também será um centro de ensino e pesquisas de doenças raras. Está sendo construído com recursos repassados pela União, que cedeu o terreno, e pelo Estado, somando R$ 124,2 milhões. R$ 74,180 milhões foram repassados para a organização, que doará US$ 10 milhões.
O hospital será entregue ao município pronto para funcionar, equipado e mobiliado. Caberá à prefeitura definir como será o gerenciamento da unidade, que terá 21 especialidades médicas, entre as quais oncologia infantil. O prefeito Ulisses Maia adiantou que será ser por meio de parceria.
No ato que marcou a chegada dos primeiros conteiners, no dia 26 de outubro, a presidente da OMF Deise Kustra estimou que a obra ficaria “pronta para iniciar os atendimentos em oito meses”. E a governadora Cida Borghetti disse que a unidade será “referência de excelência mundial”.
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