A Comissão Organizadora da Festa Literária de Maringá (Flim) confirmou nesta quinta-feira (8/11) a participação da professora e escritora Márcia Tiburi, que vem para falar sobre “Mulheres de Palavra”. A reunião da comissão foi motivada por um movimento deflagrado pelo Movimento Brasil Livre (MBL).
Na terça-feira (6/11), o MBL criou a campanha #ElaNão e #ComMeuDinheiroNão nas redes sociais, sugerindo que a escritora fosse excluída da programação da festa. A reação das pessoas favoráveis à participação de Márcia Tiburi veio na sequência, com o movimento #ElaSim.
Por meio da assessoria de imprensa, o secretário de Cultura de Maringá e presidente da Comissão Organizadora da Flim, Miguel Fernando, justificou que “Márcia Tiburi foi convidada para falar sobre literatura e não sobre ideologias políticas e partidárias, portanto está mantida na festa literária”.
A presidente do grupo LGBT de Maringá, Margô Yung, do #ElaSim, considerou “um absurdo e uma arbitrariedade a tentativa de impedir a participação de uma escritora consagrada nacional e internacionalmente em uma festa literária democrática devido a alucinações ideológicas de algumas pessoas”.
Ponderou que Márcia Tiburi “vem pela qualidade da sua produção literária e não pelo fato de ter sido candidata a governadora do Rio de Janeiro pelo PT”. O MBL, na página no Faceboock, reúne breves vídeos com a escritora manifestando posições polêmicas e afirma que “a terra de Sérgio Moro não aceita doutrinação petista”.
Márcia estreou na literatura brasileira com o romance “Magnólia”, em 2005, e seu último lançamento, neste ano, recebeu o título “Fascismo em comum: para todas, todes e todos”. Ela é formada em Filosofia (PUC-RS) e Artes Plásticas (UFRGS) e é doutora em Filosofia pela (UFRGS).
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