O concurso para revitalização do Eixo Monumental de Maringá, trecho entre a Praça da Catedral e a Vila Olímpica, recebeu 45 inscrições. Desse total, 40 escritórios de arquitetura e engenharia foram habilitados e devem ter seus projetos julgados pela comissão responsável entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro próximo.
Como o edital exige anonimato, não é possível saber de quais locais do país são os escritórios. Porém, o coordenador do concurso, Jeferson Dantas Navolar, informou que empresas de todo o Brasil se inscreveram. O concurso de revitalização da área de 169 mil m² é uma parceria da prefeitura com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB).
Navolar explicou que, nesta primeira etapa, foram analisadas a capacidade administrativa e a documentação dos participantes. Os inscritos que não foram habilitados podem apresentar recursos até 15 de outubro. A premiação e contratação da equipe vencedora está marcada para o dia 22 de novembro. Além de levar R$ 50 mil, a equipe que ficar em primeiro lugar ganha mais R$ 1.105.474,92 pelo contrato do projeto.
As equipes que ficarem em segundo e terceiro lugares serão premiadas com R$ 30 mil e R$ 20 mil, respectivamente. Segundo Jeferson Dantas, o projeto de revitalização é complexo e os escritórios de arquitetura participantes devem ser especializados em arquitetura urbanística: “O juri vai analisar todos os critérios estabelecidos no edital e, quanto o maior número de requisitos atendidos, mais vai subindo na hierarquia de notas”.
Para Dantas, que também atua no IAB-PR, esse tipo de modalidade de contratação é um procedimento aberto e permite que a prefeitura faça alterações e correções no projeto selecionado. “Em uma licitação de preço, você não tem condições de analisar a qualidade. Nesse caso, você tem condições de analisar a qualidade porque o preço já está estabelecido.”
De acordo com ele, o objetivo é que a revitalização do Eixo Monumental faça com o que a área volte a ter destaque na cidade. “O que levou a prefeitura a fazer esse concurso foi uma análise sobre a decadência que esse trecho da cidade apresenta em relação a outras ruas. É um diagnóstico da prefeitura de que o eixo mais importante da cidade está perdendo visibilidade”, disse.
Segundo Jeferson Navolar, o Estádio do Maracanã e Brasília também foram construídos baseados em projetos selecionados na modalidade de concurso público. Em Maringá, a previsão é que a obra custe R$ 50 milhões e que seja dividida em, pelo menos, sete etapas. Os projetos devem estimular as atividades do comércio, além da parte econômica e cultural do trecho.
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