No ano passado, em Maringá, foram registradas 484 tentativas de suicídio e 27 óbitos. Em 2018, passam de 200 as tentativas de acabar com a própria vida e até meados de maio, já tinham sido confirmadas 12 mortes.
Diante de uma nova orientação de que é preciso falar sobre o assunto, o vereador Onivaldo Barris (PHS) convidou a psicóloga e doutoranda Raquel Pinheiro Niehues Antoniassi para debater o tema na Câmara de Maringá.
A participação de Raquel será nesta terça-feira (10/7) às 9h30, durante a sessão ordinária da Câmara. Ela é fundadora do Comitê de Prevenção e Posvenção do Suicídio e coordenadora do programa de capacitação em medidas prevenção e posvenção do suicídio da rede pública de saúde da cidade.
Em entrevista ao Maringá Post, a especialista no assunto afirmou que Maringá tem 35 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 4 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), Emergência Psiquiátrica e outros serviços. E todos têm profissionais da Psicologia capacitados para avaliação e manejo do risco de suicídio.
“É importante que as pessoas tenham a informação de que esses serviços são porta aberta para que os usuários possam obter o tratamento necessário. Sempre importante orientar as pessoas a buscar a UBS de referência da área em que residem para que possam passar por avaliação e, posteriormente, para o tratamento que precisarem”, afirmou.
Desde o dia 1º de julho, o número de prevenção ao suicídio 188 passou a funcionar em Maringá. Embora o CVV local ainda não atenda pelo novo número, as ligações feitas para o 188 a partir de Maringá são atendidas por voluntários de outras cidades.
Vanessa Souza Santos, voluntária há quase dois anos no CVV Maringá, explicou que em pouco tempo os voluntários locais também atenderão pelo sistema único. A Central do CVV Maringá tem até 90 dias para se adequar ao novo número. Toda ajuda de terceiros é bem-vinda, já que o Centro funciona com voluntariado.
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