A secretaria estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) cancelou a audiência pública para discutir as condições das águas dos rios Pirapó e Paranapanema, que seria realizada nesta quinta-feira (5/7) em Maringá.
Durante a audiência seria apresentado o enquadramento dos corpos de água, que permite analisar as condições atuais dos rios da bacia do Piraponema e, assim, traçar metas para melhorar a qualidade das águas.
De acordo com o diretor de gestão de bacias hidrográficas do Instituto das Águas do Paraná, Everton Souza, o pedido de cancelamento chegou na noite de quarta-feira (4/7), por e-mail. Na justificativa, a secretaria informou que a decisão se deu “devido ao realinhamento de ações a serem desenvolvidas na bacia do Piraponema”.
Segundo Everton Souza, o trabalho do instituto nesta manhã era avisar todos os convidados sobre o cancelamento: “Vai se fazer uma avaliação dessas novas ações e, a partir disso, marcar uma nova data. Vamos aguardar o desdobramento das novas ações para ver de que forma vai impactar no enquadramento”, diz.
O coordenador de recursos hídricos da Sema, José Luiz Scroccaro, explicou na manhã desta quinta-feira que a decisão de cancelamento foi tomada para que os órgãos envolvidos pudessem discutir juntos novas ações antes de apresentar o enquadramento de águas para a população na audiência pública.
“Ontem tivemos uma reunião com o secretário de Meio Ambiente do Estado e o presidente da Sanepar, e como o presidente da companhia assumiu há pouco tempo, a gente decidiu realinhar as ações. Temos que analisar se é possível fazer um realinhamento das novas diretrizes para realinhar a qualidade da água”, afirma Scroccaro.
O coordenador de recursos hídricos diz que uma nova audiência pública deve ser realizada ainda neste ano. Ele não descarta mudanças no enquadramento elaborado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Piraponema, responsável pelos rios Pirapó e Paranapanema 3 e 4.
“A partir da semana que vem a gente deve começar a fazer um cronograma de reuniões para as tomadas de decisões. O objetivo principal é fazer uma reavaliação das ações que estão sendo propostas e verificar se existem outras ações mais eficazes”, diz.
O enquadramento classifica os rios em classes, que vão desde classe especial, que significa águas limpas, até a classe quatro, a pior condição. Os rios urbanos de Maringá são classificados desde classe especial até a classe quatro.
No último relatório divulgado pelo Instituto das Águas do Paraná, a qualidade das águas de trechos do Ribeirão Morangueira, que vai da nascente até a foz do Rio Pirapó, e as do Ribeirão Maringá, que vai da nascente até a foz do Rio Pirapó, estão classificados nas duas piores classificações, 3 e 4, respectivamente.
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