É prevista para as 15 horas desta segunda-feira (24/6) a abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas em fazer a duplicação de 20,7 km da PR-323. O valor máximo previsto para as obras é de R$ 100 milhões.
O trecho a ser duplicado vai de Paiçandu a Doutor Camargo. O projeto executivo, segundo o Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR), foi elaborado pela Engefoto Engenharia e Aerolevantamentos S/A.
O projeto foi reaproveitado da licitação da Parceria Público-Privada (PPP) para a PR-323, vencida pelo consórcio Rota das Fronteiras. O Governo do Paraná não informou o custo da aquisição do projeto. A PPP acabou fracassada depois da deflagração da Operação Lava Jato, que levou a Odebrecht, maior acionista do consórcio, a desistir do empreendimento.
A vencedora da concorrência terá 730 dias para realizar a duplicação. A expectativa é que as obras não atrapalhem o tumultuado trânsito da rodovia. Em grande parte, a duplicação será realizada com canteiro central e construção de nova pista, o que vai minimizar os impactos no tráfego dos veículos.
Em dezembro de 2017, em Umuarama, lideranças empresariais e da Igreja Católica participaram de uma reunião, quando foram expostos os custos com os acidentes na rodovia.
Edital exige atenção ao Cemitério dos Caboclos
No edital publicado pelo DER-PR consta a exigência de atenção especial ao Cemitério dos Caboclos, localizado próximo ao Distrito de Água Boa, no município de Paiçandu.
O local é um sítio arqueológico que é parte do Patrimônio Cultural Brasileiro. Para garantir a preservação do cemitério, a empresa vencedora da licitação deverá realizar o cercamento e a sinalização do sítio, além de elaborar o levantamento histórico da edificação.
Consta, ainda, a necessidade de elaborar no trecho um “um plano com medidas de segurança no trânsito (sinalização, redutores de velocidade, entre outros), de modo que o aumento do tráfego não venha a impactar o desenvolvido das atividades religiosas na comunidade.”
As placas de sinalização deverão ser feitas de acordo com o Modelo de Placa de Sítio Arqueológico e deverão alertar que a “destruição ou retirada de qualquer material ou remoção de terra do local constitui crime sujeito às penas de multa e detenção”.
O secretário municipal de Cultura de Maringá, Miguel Fernando, gravou um vídeo no local dentro do projeto Maringá Histórica.
Comentários estão fechados.