Greve dos caminhoneiros ganha força no segundo dia de paralisação. Distribuidoras de gás de Maringá têm estoque para mais três dias

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A greve dos caminhoneiros ganhou força no segundo dia de paralisação da categoria. Em Maringá, o movimento recebeu apoio de motoristas do aplicativo Uber. Durante a manhã desta terça-feira (22/5), dezenas de veículos participaram de uma carreata da área central da cidade até a PR-317, onde há uma grande concentração de manifestantes.

À tarde, motoristas de caminhões-guincho também fizeram um buzinaço pelas avenidas Pedro Taques e Morangueira, em apoio ao protesto.

A principal reivindicação dos manifestantes é o alto preço do óleo diesel, que ampliou os custos para os caminhoneiros. Na tarde de segunda-feira (22/5), um manifestante foi atropelado e morreu na cidade de Paranavaí.

Na área de atuação da 4ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), segundo boletim distribuído no começo da noite, subiu para 20 os pontos com bloqueios parciais nas estradas da região Noroeste do Paraná. Um mapa virtual sobre as rodovias estaduais foi divulgado pela PRE.

Nas rodovias federais, o número de pontos com manifestações também aumento. Na BR-376, em Marialva, um novo bloqueio foi criado na manhã desta terça. Em todo o Paraná, são 33 pontos com bloqueios, segundo o último boletim da Polícia Rodoviária Federal.

 

Distribuidoras de gás tem estoque para três dias

O setor de distribuição de gás começa a ser afetado pela greve dos caminhoneiros. “Quem tem gás são as revendas com capacidade de armazenamento maior. Se a greve não acabar, há estoque para mais três dias”, afirma a presidente do Sindicato das Revendedoras de Gás de Maringá e Região, Sinegás, Sandra Ruiz.

A dificuldade é que os caminhões saíram para fazer o carregamento nas distribuidoras, mas não conseguem voltar. Para evitar o caos, a presidente orienta o consumo moderado. “A nossa orientação é que as pessoas comprem apenas se estiverem com necessidade, caso contrário poderá deixar uma pessoa que precisa sem o produto”, afirma.

Em cidades onde não há grandes empresas, o desabastecimento pode ser registrado antes. “Em Nova Esperança, por exemplo, não temos revendedores grandes e o problema pode ser percebido antes”, diz.

Reportagem atualizada às 20h20, com a última atualização das polícias rodoviárias federal e estadual sobre os bloqueios nas rodovias do Paraná. 


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