Caminhoneiro morre atropelado em protesto na BR-376, em Paranavaí. São mais de 20 pontos de bloqueio parcial nas rodovias do Paraná. Veja os locais

  • A greve dos caminhoneiros teve início às 6h desta segunda-feira (21/5), motivada pela alta no preço dos combustíveis. Até as 11h50, no Paraná os bloqueios parciais estavam ocorrendo em 12 pontos de rodovias federais e sete em estaduais, entre os quais seis na região de Maringá.

    Na tarde do último sábado (19/5) a Advocacia Geral da União (AGU) concedeu liminar que proíbe o bloqueio total de PRs e BRs no Paraná, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora de interdição.

    Lideranças do movimento foram notificadas por oficial de Justiça em pelo menos dois pontos: na BR-116, em Quatro Barras; e na BR-277, em Paranaguá.

    Após a decisão, a orientação dos sindicatos aos motoristas foi para bloqueios parciais, como está ocorrendo na PR- 444, próximo ao pedágio de Arapongas, onde por volta das 10h30 desta segunda-feira haviam filas nos acostamentos dos dois sentidos, somando aproximadamente 40 caminhões.

    Também foram definidos pontos de concentração, como postos de combustível e entroncamentos rodoviários. Em Maringá, caminhoneiros estão paralisados em frente à sede do Grupo G10, próximo à saída para Astorga.

    A pauta de reivindicações em todo o Brasil se constitui, basicamente, na redução do preço do óleo diesel e da carga tributária; e isenção do pedágio para eixo suspenso em rodovias estaduais e federais.

    Manifestante é atropelado e morre em Paranavaí

    Um manifestante foi atropelado no começo da tarde desta segunda-feira (21/5) na BR-376, em Paranavaí. José Roberto Eredia Andreo, 54 anos, foi atingido por um caminhão-guincho.

    Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado à Santa Casa de Paranavaí, onde faleceu no final da tarde.

    Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista do caminhão-guincho relatou que fazia uma manobra de retorno quando teria se assustado com pessoas que supostamente atiravam pedras contra o caminhão que estava imediatamente à sua frente.

    Ele então acelerou para deixar o local, quando atropelou o manifestante. O motorista do caminhão permaneceu no local, foi identificado e fez o teste do bafômetro. O resultado foi negativo.

    Reclamação é com ações do governo federal

    O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Autônomos de Maringá (Sindicam), Osvaldo Reginato, disse que são cerca de 30 caminhoneiros reunidos na sede do G10.

    Nosso pedido é simples, nada extraordinário. A maior reclamação é com o governo federal, que não ouve nossos pedidos. Apenas com uma manifestação massiva podemos chegar lá”, disse.

    Para ele, as reivindicações começam pelos autônomos, mas afetam todo o setor de transportes. “As empresas já estão dando apoio e, se a situação continuar como está, ficará insustentável para qualquer um”, completou o presidente do Sindicam.

    Empresa de transporte apoia, mas não paralisa

    O vice presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Maringá (Setcamar) e representante do Grupo G10, Cláudio Adamuchio, afirmou que a empresa considera as reivindicações justas e apoia o movimento, mas que não há condições de aderir à paralisação, devido a contratos firmados.

    “Apoiamos o movimento, que tem causas justas e necessárias. Empresas estão fechando no prejuízo por não conseguirem acompanhar o aumento dos combustíveis. Não iremos participar obstruindo rodovias, mas também não forçaremos a passagem em uma manifestação”, falou Adamuchio.

    Veja os pontos com manifestações

    As polícias rodoviárias Federal (PRF) e Militar (PRE) atualizaram a lista dos pontos de paralisação às 11h30 desta segunda-feira (21/5) e, em nenhum, há interdição total da rodovia.

    Há, no máximo, uma faixa bloqueada e trânsito para veículos leves, emergenciais e perecíveis. É perceptível um menor número de caminhões nas rodovias estadual e federal entre Londrina e Maringá não manhã desta segunda-feira.

    Segundo manifestantes que se encontravam impedindo a passagens de caminhões, inclusive os com cargas vivas e produtos perecíveis no km 8 da PR-444, “o pessoal não saiu para a estrada porque sabia dos bloqueios”. São os seguintes os locais de concentração:

    Rodovias federais

    • BR-116, km 67, em Quatro Barras
    • BR-277, km 6, em Paranaguá
    • BR-277, km 340, em Guarapuava
    • BR-376, km 502, em Ponta Grossa
    • BR-376, km 257, em Califórnia
    • BR-376, km 502, em Ponta Grossa
    • BR-153, km 43, em Santo Antônio da Platina
    • BR-153, km 158, em Mandaguaçu
    • BR-153, km 112, em Ibaiti
    • BR-163, km 86, em Capanema
    • BR-373, km 247, em Guamiranga
    • BR-373, km 264, em Prudentópolis
    • BR-373, km 478, em Coronel Vivida
    • BR-277, km 535, em Ibema
    • BR-376, km 292, em Mauá da Serra
    • BR-277, km 584, em Cascavel
    • BR-376, km 109, em Paranavaí
    • BR-376, km 140, em Nova Esperança
    • BR-369, km 79, em Santa Mariana
    • BR-277, km 117, em Campo Largo
    • BR-277, km 635, em Céu Azul
    • BR-153, km 330, em Irati

    Rodovias estaduais

    • PR-463, km 49, Colorado-Paranacity em andamento
    • PR-323, km 303, Cruzeiro do Oeste – Umuarama, em andamento
    • PR-444, km 08, Arapongas
    • PR-489 km 21, Xambrê – Umuarama
    • PR-317 Av Morangueira 3652 (Trecho municipal) Maringá- Iguaraçu
    • PR-444 km 08 Arapongas (fora da área da 4 cia)
    • PR-323 km 183 Trevo de Doutor Camargo

    Primeira atualização feitas às 15h20 desta segunda-feira (21/5/2018), com a inclusão de novos pontos de bloqueio nas rodovias estaduais do Paraná.

    Segunda atualização feita às 18h45 desta segunda-feira (21/5/2018), com a inclusão da notícia da morte de um manifestante em Paranavaí e de novos pontos de bloqueios nas rodovias federais. 

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