Restauração da Maria Fumaça vai ter que aguardar mais algum tempo: nenhuma empresa se interessou pelo serviço e licitação terá que ser refeita

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A restauração da locomotiva 608, mais conhecida como Maria Fumaça, deve demorar mais um pouco para sair do plano de intenções. Os envelopes da licitação que pretendia contratar uma empresa especializada para realizar o serviço seriam abertos no dia 23 de fevereiro. Porém, nenhuma empresa demonstrou interesse em participar do processo e a licitação, declarada deserta, foi arquivada.

O secretário de Cultura, Rael Toffolo, disse que já pediu à secretaria de Patrimônio, Compras e Logística (Sepat) para que a licitação seja reaberta. De acordo com ele, a Maria Fumaça será restaurada ainda este ano.“É um dos nossos símbolos mais importantes da cidade. Não é à toa que a colocamos no selo de 70 anos de Maringá.”

Para participar do processo licitatório, a empresa deveria, entre outras exigências, elaborar um plano descritivo das intervenções necessárias na locomotiva, com fotos atualizadas. O prazo para a restauração fixado em edital foi de 120 dias, com valor máximo de R$ 113,7 mil.

Toffolo acredita que os prazos podem ter impossibilitado a participação dos interessados no certame.“Imagino que tenha poucas empresas e as vezes tem um prazo limitado. Quando abre de novo as empresas estão livres e entram.”

A gerente de Patrimônio Histórico, Leila Domenici, informou que “o processo depende de todo um trâmite administrativo e provavelmente em alguns dias a licitação será reaberta”.

Iphan só autorizou a restauração em 2017

Em julho do ano passado, a Controladoria-Geral do Município conseguiu a autorização do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para restauração da locomotiva. A prefeitura pretende remover a ferrugem, recuperar as peças e fazer uma tintura com as cores originais da Maria Fumaça.

A locomotiva veio de Curitiba e chegou na cidade em 31 de janeiro de 1954, para a inauguração da Estação Ferroviária de Maringá. Depois de transitar pela cidade, a locomotiva da marca inglesa Bladwin foi doada ao município, em 1973, pelo engenheiro Renato Meister. Desde então, a Maria Fumaça está no Parque do Ingá, onde todo o processo de restauração deverá ser feito.

Enquanto a licitação não é reaberta, a secretaria de Obras Públicas (Smop) iniciou a reforma da cobertura do espaço onde está a Maria Fumaça. A cobertura de madeira será substituída por cobertura metálica e as grades, iluminação e outras estruturas também passarão por reparos. A reforma deve ser concluída em 90 dias.


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