O delegado titular do 1º Distrito Policial de Maringá, Luiz Henrique Vicentin, que preside o inquérito que apura denúncia de pais de alunos contra uma professora do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Zeferino Mozzato Krukoski, no Conjunto Thaís, informou nesta quinta-feira (1/3) que pediu a prorrogação de 60 dias para concluir as investigações.
O prazo inicial é de 90 dias e o inquérito foi aberto no final de novembro de 2017. Ele disse que a escrivã escalada para acompanhar o inquérito teve que se afastar do distrito por licença médica e que ainda aguarda a chegada de alguns documentos solicitados, como o relatório final da Comissão de Sindicância da prefeitura, que concluiu pelo arquivamento.
O inquérito corre sob sigilo e o delegado disse que está sendo “muito cuidadoso e minucioso nas investigações, para evitar injustiças tanto em relação às crianças e seus pais quanto para a professora”. Observou que quem vai decidir pela apresentação da denúncia ou não ao Judiciário é o Ministério Público.
Mesmo em outro CMEI, professora foi alvo de protesto
A professora do CMEI acusada de praticar atos de violência contra quatro crianças foi afastada das funções e, posteriormente, transferida para outra unidade. Pais de alunos descobriram que a nova professora do Centro era a suspeita, caso que tinha ganhado o noticiário, e também protestaram contra sua permanência na nova escola.
Segundo o conselheiro tutelar Carlos Bonfim, que orientou os pais dos alunos que supostamente teriam sofrido abuso, para conter a indisciplina a professora colocava a cabeça das crianças dentro de um vaso sanitário e ameaçava dar descarga. O caso veio à tona após uma mãe flagrar a filha de 4 anos fazendo o mesmo com uma boneca.
A sindicância da secretaria de Recursos Humanos concluiu pelo arquivamento depois que uma psicóloga ouviu as crianças e não constatou “o mínimo indício de materialidade, nenhum trauma e um comportamento normal”. No entanto, o secretário César Augusto de França disse que, mediante novos fatos, poderia reabrir a sindicância.
Da mesma forma como ocorreram manifestações de protesto contra a professora, também houveram mobilizações de apoio, convocadas por lideranças do Sindicato de Servidores Públicos Municipais. Lembraram que a educadora pertence ao quadro de funcionários da Educação municipal desde 2004 e – até então – “não tem nada que a desabone”.
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