As médias históricas dos últimos 41 anos mostram que janeiro é o mês mais chuvoso do ano em Maringá, cidade cortada pelo Trópico de Capricórnio. Mas em 2018 ele se superou: foram 357,7 mm de precipitação pluviométrica, o terceiro maior índice já aferido para o mês pela Estação Climatológica da UEM.
A variação na média histórica, de 212,6 mm, foi de 68,3%. Tanta água gerou estresse na cidade e no campo. Donas de casa se zangaram por não poder colocar roupas no varal, motoristas foram surpreendidos por novos buracos no asfalto a cada dia e agricultores amargaram dificuldades para pulverizar as lavouras com fungos e pragas.
Mas a chuvarada passou. A causa foi o fenômeno La Niña, de pouca intensidade, que fez com sistemas frontais ocorressem na região Sul. De um lado, massas de ar frio vindos do Oceano Pacífico e, de outro, massas de ar quente continental criaram os tais sistemas, que em janeiro atingiram a região. O resultado: chuva e mais chuva.
Clima de verão finalmente chegou
Os sistemas frontais foram dissipados. As massas de ar quente venceram a peleia atmosférica e, em fevereiro, o clima deve voltar a ter as características de verão, ou seja, sol forte em boa parte do dia e pancadas de chuva nos finais de tarde ou à noite. Pelo menos é o que prevê os técnicos da Estação Climatológica da UEM.
O coordenador da Estação, o professor-doutor em Geografia Leandro Zandonadi observa que apenas no segundo dia do ano, choveu 98,3 mm. “É muita água”, disse. Para se ter uma ideia da quantidade de água que caiu no dia 2 de janeiro, basta comparar com as médias históricas dos meses mais secos em Maringá, julho (76,2 mm) e agosto (56,5 mm).
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