As ordens de serviços para a construção de uma ciclovia na Avenida Horácio Raccanello Filho, no Novo Centro, e de ampliação da ciclovia na Avenida Gastão Vidigal, já foram emitidas pela Prefeitura de Maringá. No entanto, devido as constantes chuvas, apenas as obras da Horácio Raccanello foram iniciadas.
A ordem de serviço para as obras na Gastão Vidigal foi emitida no dia 12 de janeiro, uma sexta-feira, e estabelece o prazo de cinco dias corridos para serem iniciadas. A diretora de Obras da secretaria de Obras Públicas (Semop), Adriana Limonta, disse que a justificativa da construtora Engedelp foi “a condição externa desfavorável”.
“Como são obras a céu aberto, depende muito do tempo. As obras na Horácio Raccanello começaram na semana passada e as da Gastão Vidigal podem começar amanhã mesmo, se parar de chover, ou daqui uma semana”, disse Adriana. Apesar das mesmas condições climáticas, construtora RM Garcia, responsável pela ciclovia na Horácio Raccanello já iniciou os trabalhos.
Ligações com outras duas ciclovias
A ciclovia no Novo Centro terá 1,6 quilômetros de extensão – no trecho da Horácio Raccanello entre as avenidas Paraná e Pedro Taques. Vai interligar duas ciclovias já existentes, a da Avenida Guaíra, que por sua vez se liga com a da Avenida 19 de Dezembro. E, no outro extremo, fará ligação com a ciclovia da Avenida Pedro Taques.
As obras foram iniciadas na última semana, entre a Pedro Taques e a São Paulo, com a retirada do calçamento ali existente. De acordo com Adriana, a previsão é que sejam concluídas em julho, ao custo de R$ 437 mil.
Já a ciclovia da Gastão Vidigal também terá uma pista de caminhada. Serão 3,6 quilômetros de extensão, da ciclovia já existente na avenida, até próximo ao Contorno Sul. O investimento será de aproximadamente R$ 1,3 milhão. A previsão é que a obra seja entregue em novembro.
Associação promete cobrar mais em 2018
O coordenador de Núcleo da Associação CicloNoroeste e mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Eduardo Simões, afirma que políticas públicas de mobilidade urbana são importantes para o fomento dos meios de transportes: “Se tem muitos carros na via, é porque existem espaço destinados a eles. O mesmo pode acontecer com a bicicleta. É uma questão de lógica”.
Além das ciclovias, Simões ressaltou a importância de outras iniciativas do poder público, como ciclofaixas e vias acalmadas para atender o fluxo de ciclistas existente em Maringá.”No primeiro ano de gestão não fizemos uma cobrança tão intensa, mas agora, no segundo ano, vamos cobrar mais do poder público”, afirmou Simões. O objetivo é que sejam implementados entre 30 e 40 quilômetros de ciclovias.
A secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) pretende ligar a ciclovia da Avenida Horácio Raccanello até o trevo no limite com Sarandi, passando pela Avenida Colombo. De acordo com a engenheira e diretora da Semob, Vera Maria de Oliveira, o projeto deve ser encaminhado para licitação em breve.
Os projetos para ciclovia na Cerro Azul e Carlos Borges ainda continuam no papel.
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