O verão 2017/2018 será marcado por chuvas irregulares, má distribuídas e abaixo da média em Maringá e por toda a região sul do Brasil. Mas haverá risco de fortes temporais com raios e queda de granizo nos finais de tarde, principalmente a partir de 2018.
A estação tem início oficialmente nesta quinta-feira (21/12) às 14h28 e vai até as 13h15 do dia 20 de março, pelo horário de Brasília. Um dos alertas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é para o risco de déficit hídrico no verão e, consequentemente, um cuidado redobrado com as reservas hídricas.
As variações da umidade atmosférica, devido as Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), associadas ao fenômeno La Niña, serão os principais responsáveis pela redução das chuvas.
De acordo com o meteorologista do Inmet, Gil Russo, apesar das chuvas abaixo da média, o verão não será completamente seco. “A estação tem todas as características normais. A única diferente é que este verão terá somente um pouco menos de chuva”, diz.
A previsão do instituto aponta que podem ocorrer chuvas de forte intensidade em curtos períodos de tempo, intercalados com vários dias sem a incidência de precipitações.
A evaporação e a evapotranspiração – perda de água do solo ou das plantas para atmosfera, também são maiores nos meses do verão e podem causar problemas para a agricultura.
Apesar do verão começar somente nesta quinta-feira, as principais características deste período começaram a ser sentidas desde o final do mês de novembro. “Quando toda estação se aproxima, as características já podem ser percebidas”, explica Russo.
Temperaturas acima da média e risco de temporais
Segundo o meteorologista, o oceano Pacífico Equatorial está sob influência do La Niña. Isso significa que a temperatura do oceano está abaixo do normal, mas ainda não há nenhuma confirmação de que o fenômeno climático vai se configurar.
“O La Niña não esta bem definido, está variando muito. Se confirmar, será um verão seco, mas dificilmente ele vai se confirmar nesta estação”, pondera.
Porém, mesmo sem o fenômeno confirmado, o resfriamento do oceano Pacífico Equatorial deve influenciar a chuva e a temperatura no Brasil durante o verão.
As temperaturas, segundo previsão climática do Inmet, devem ficar acima do normal. “As temperaturas diminuem um pouco por causa das chuvas, mas depois que passa a chuva a temperatura começa aumentar novamente”, explica Russo.
O excesso de calor, uma das consequências do La Niña, será destaque no mês de fevereiro. De acordo com Russo, as regiões norte e oeste do Paraná devem registar as maiores temperaturas do Estado.
As clássicas pancadas de chuvas no final da tarde, favorecidas pelas altas temperaturas durante o dia, também estão previstas e segundo o meteorologista devem ser “fortes e de curta duração”. Há risco de fortes temporais com raios e queda de granizo.
Use o protetor solar e outros apetrechos durante o verão
Durante o verão a radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra, aumentando o risco de queimaduras, câncer de pele e outros problemas. Para aproveitar a estação sem colocar em risco a saúde, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda além do uso do protetor solar, usar também chapéu e roupas de algodão nas atividades ao ar livre.
Outro objeto importante são os óculos de sol para prevenir lesões nos olhos. Os médicos também recomendam que as pessoas evitem a exposição ao sol entre às 10h e 16h. Além disso, ao usar barracas nas praias, por exemplo, é melhor optar por modelos feitos de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação.
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