Nos primeiros 20 dias de outubro, sete pessoas foram picadas por escorpiões em Maringá, o que elevou para 64 o número de ataques no ano de 2017. No mês de setembro, a Secretaria de Saúde da cidade havia registrado uma redução de acidentes – foram apenas dois casos.
Foi uma trégua dos peçonhentos após onze casos de ataques em agosto e nove em julho. Agora, o novo aumento no número de vítimas dos escorpiões reacende o alerta e tem motivado novas ações de combate.
A Gerência de Zoonoses passou a trabalhar com a chamada ‘busca ativa’ no controle dos escorpiões, com vistorias, principalmente, nos terrenos dos centros de educação infantil e escolas municipais.
De 25 espaços públicos vistoriados nos últimos dias, os agentes de Zoonoses, juntamente com servidores da Secretaria de Serviços Públicos, localizaram nove escorpiões amarelos em três diferentes endereços.
Os peçonhentos estavam em caixas de passagem de esgoto e foram encaminhados para análise na 15ª Regional de Saúde, que no mês passado, convocou reunião para revisar as estratégias de atendimento.
“A partir do levantamento sobre reclamações registradas no 156, elaboramos o plano de ação para a ′busca ativa′ em regiões que apresentaram alto índice de escorpiões”, explicou a gerente de Zoonoses, Janete Veltrine Fonzar.
Nos próximos dias, o trabalho passará a ser desenvolvido nas regiões do Jardim Alvorada e do Conjunto Monte Rei, que estão entre os bairros com maior número de registros de reclamações da população.
“De janeiro até agora recebemos 271 reclamações. As localidades com maior número de registros da população são o Jardim Alvorada, a Vila Morangueira, os jardins Itália I e II, o Conjunto Monte Rei, a Zona 3 e a Zona 6”, afirmou Janete.
Jardim Alvorada e bairros próximos concentram ataques
Com 18 pessoas picadas só este ano por escorpiões, o Jardim Alvorada é o bairro com o maior número de ataques. A atenção aumenta porque bairros próximos também registram o mesmo problema.
No Conjunto Batel, foram quatro casos de ataque, na Vila Morangueira, três, e no Conjunto Ebenezer, outras três pessoas precisaram buscar o atendimento médico após serem atacadas por um escorpião amarelo.
Outro bairro com um grande número de registros de acidentes é o Conjunto Monte Rei, onde desde o começo do ano, sete pessoas foram picadas por escorpiões. O Conjunto Branca Vieira é outro bairro sob atenção – foram quatro os ataques registrados.
Com dois registros de ataques aparecem o Jardim Sumaré, a Zona 5 e a Zona 6.
Em outros 18 bairros da cidade, também houve registro de um ataque cada. Parque Avenida, Cidade Nova, João de Barro II, Andrade, Copacabana, Liberdade, Oásis, Pinheiros, Santa Licce, São Francisco, Universo, Itália I e II, Tuiuti, Zona 7, Zona 8 e Zona 1.
Em todo o ano de 2016, 73 pessoas foram picadas por escorpiões em Maringá, o que representou um aumento de 66% em relação a 2015, quando 44 pessoas foram atendidas pela rede de saúde do município após serem atacadas por um peçonhento.
O que fazer para evitar acidentes
- Não acumule lixo e entulho perto de casa;
- Mantenha o quintal e o jardim limpos;
- Acomode o lixo em sacos plásticos para evitar proliferação de insetos;
- Feche buracos, vãos e frestas nas paredes, portas, chão ou móveis;
- Use ralos protetores;
- Proteja as mãos e pés ao mexer com materiais que possam servir de abrigo para o escorpião;
- Cuidado com terrenos vazios, cupinzeiros ou troncos;
- Afaste a cama ou o berço cerca de 10 centímetros da parede;
- Cuidado para não deixar colchas, cobertas ou mosquiteiros de berço encostados ao chão;
- Verifique roupas e calçados antes de usar e não ande descalço.
Se você for picado, corra para o hospital
Em caso de acidente, procure IMEDIATAMENTE o hospital mais próximo. Caso seja possível, leve o animal para identificação e para facilitar o atendimento.
Nunca corte o local da picada, passe álcool ou qualquer outro remédio caseiro. Os primeiros socorros são:
- Lavar o local com água e sabão;
- Manter voltado para cima;
- Não cortar, furar ou apertar o local da picada;
- Beber bastante água.
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