Foto: Albari Rosa/AEN
O lançamento das ações aconteceu no viveiro regional do IAT de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no mesmo evento que confirmou a consulta pública para a construção da Política Estadual de Biodiversidade e a reativação do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas.
Os arboretos são espaços para a proteção da diversidade arbórea que possibilitam que seus visitantes aprendam sobre os diferentes usos da floresta, bem como sua interação com o meio ambiente. É um local aberto ao público, destinado à educação ambiental, pesquisa e fins recreativos, como uma sala de aula ao ar livre, onde pode ser transmitido o conhecimento técnico sobre espécies florestais.
Quatro viveiros florestais do IAT vão receber o projeto: Viveiro Florestal Felipe Diapp (São José dos Pinhais), Viveiro Florestal Jacarezinho (Jacarezinho), Viveiro Florestal Luiz Sérgio Knopki (Engenheiro Beltrão) e Viveiro Florestal de Ivaiporã (Ivaiporã).
Já a Carta de Princípios do Programa de Monitoramento e Conservação de Grandes Mamíferos da Serra do Mar é uma iniciativa dos institutos Manacá e Cananéia, ambas de São Paulo. O programa consiste no monitoramento de grandes mamíferos, como a onça-pintada, anta e queixada, em uma área de 17 mil quilômetros quadrados de floresta contínua que engloba um mosaico de áreas protegidas na Serra do Mar/Lagamar no Paraná e Sul de São Paulo.
“Somos o Estado mais sustentável do País e referência para o mundo em proteção da fauna e da flora. Para comemorar esse dia e reafirmar nosso compromisso com o meio ambiente, lançamos programas de preservação, conservação e educação ambiental, que trarão muitos frutos para o futuro do Paraná”, disse o governador. “São essas ações que ajudam a consolidar o Estado como um grande guardião da Mata Atlântica”.
Diretor-presidente do IAT, Everton Souza explica que os arboretos são espaços pensados para intensificar o trabalho de educação ambiental no Paraná. Nos quatro viveiros, os jovens paranaenses vão aprender sobre os diferentes usos da floresta de Mata Atlântica, base do bioma paranaense. O objetivo é estimular o respeito pela natureza por meio de pesquisas, educação e atividades lúdicas e recreativas.
“A ideia é fazer dos nossos viveiros uma sala de aula ao ar livre, onde, entre outras práticas, pode ser transmitido o conhecimento técnico sobre as espécies florestais do Paraná”, afirmou o diretor-presidente. “Vamos passar para a comunidade a importância da proteção da nossa vegetação. Queremos contribuir para a melhoria da qualidade ambiental do nosso Estado”.
Já o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, disse que essa ação se soma ao protocolo sobre a fauna, com a intenção de fortalecer os esforços existentes de conservação na região. A adesão à Carta de Princípios do Programa de Monitoramento e Conservação de Grandes Mamíferos da Serra do Mar fará com que IAT disponibilize informações georreferenciadas das trilhas, perímetro e uso de solo da área protegida, bem como recursos humanos para desenvolver as atividades de monitoramento.
Além disso, o programa busca ampliar a articulação de diferentes atores de conservação em uma agenda comum de monitoramento de espécies ameaçadas. Os dados serão instrumentos para subsidiar proteção e manejo dos grandes mamíferos. A área de abrangência do programa engloba dez Unidades de Conservação (UCs) administradas pelo Governo do Estado.
“É mais um passo que o Paraná dá para a preservação da fauna. Queremos, com o programa, identificar novas espécies e cuidar ainda mais daquelas ameaçadas de extinção”, destacou Andreguetto.
Ele também citou um estudo recente do projeto brasileiro Onças do Iguaçu, em parceria com a entidade argentina Yguaraté, que mostrou que o número de animais no Parque do Iguaçu, na fronteira entre os dois países, mais do que dobrou em quase 20 anos. Atualmente, cerca de 93 onças-pintadas vivem na região, segundo o mapeamento de uma área de mais de 582 mil hectares.
“Preservar a fauna silvestre é fundamental para o desenvolvimento do Paraná. O Estado é protagonista do Consórcio Brasil Verde e signatário de pactos como Race to Zero e Race to Resilience, e a adesão a essa carta é mais uma amostra de que estamos preocupados com a construção de um futuro cada vez mais sustentável”, complementou o diretor do IAT.
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