A Fazenda Esteirinha, em Goioerê, foi sede da abertura nacional do plantio de soja. O evento é do projeto Soja Brasil e marca simbolicamente o início da nova safra 2017/2018. O Paraná é o segundo maior produtor nacional e a estimativa é que a área de plantio seja ampliada em 3% nesta safra, passando de 5,2 milhões de hectares para 5,4 milhões de hectares.
Apesar da ampliação da área, a projeção de produção na safra 2017/2018 em condições normais de clima é de 19,5 milhões de toneladas – 2% menor que na safra 2016/17, que teve desempenho acima da média.
“Esperamos que o resultado seja tão satisfatório quanto em 2016/2017 pois o Paraná tem espaço para que, com tecnologia e a colaboração do clima, a supersafra se torne habitual”, afirmou o diretor do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, Francisco Simione.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a soja é o principal ativo da economia nacional e paranaense, representando 22% de tudo que o Estado produz. “Ela tem o valor de encorpar a cadeia produtiva paranaense”, disse Ortigara.
Organizada pela Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) Brasil, Aprosoja Paraná e Canal Rural, a abertura nacional do plantio de soja reuniu especialistas de diversos segmentos e mais de 500 produtores do Paraná e de outros estados.
“A intenção do evento é levar capacitação e informação técnica ao produtor para que possamos aumentar a produtividade, ter um grão mais saudável e abrir novos mercados”, explicou o presidente da Aprosoja Paraná, José Eduardo Sismeiro.
O Paraná foi escolhido para receber o evento pela sua expressividade produtiva, de acordo com o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa. “É um estado importante no cenário nacional e tem uma grande representatividade no PIB do Brasil”, declarou Rosa. “Aqui o produtor utiliza muito bem a tecnologia, tem um misto de produtores de vários portes, o que representa bem a qualidade agrícola do Brasil”, acrescentou.
Fim do vazio sanitário é marcado por falta de chuva
O plantio da soja no Paraná foi liberado no dia 11 de setembro, quando encerrou o vazio sanitário estabelecido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
O período de 90 dias sem o cultivo do grão ou da planta viva foi adotado para proteger a lavoura da ferrugem asiática, fungo que pode provocar perdas de 100% da produção.
A partir de agora os produtores já podem iniciar o plantio das lavouras, que segue até 31 de dezembro, período chamado de calendarização do plantio.
Na região de Maringá, sem previsão de chuvas para os próximos dias, não há certeza de quando as plantadeiras vão começar a trabalhar.
Comentários estão fechados.