Uma mais curtinha hoje. Nessa segunda feira, uma decisão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos oficialmente classificou a Google como controlando um monopólio em dois mercados distintos: O de motores de busca, e o de publicidade.
A decisão é parte de um longo processo que põe a empresa contra o Departamento de Justiça, no que configura a maior disputa antitruste em 25 anos. Após considerar evidências e testemunhos da Google, da Microsoft, e da Apple, o juiz federal Amit Mehta declarou “Google é um monopólio, e tem agido com a intenção de preservar este monopólio”. Um dos exemplos citados nas 277 páginas do documento são os bilhões de dólares que a Google paga para a Apple todo ano, para manter seu motor de busca como o padrão nos aparelhos da marca.
O presidente de assuntos globais da Google deixou claro que a empresa pretende apelar a decisão: “Essa decisão reconhece que a Google oferece o melhor motor de busca, mas nos pune por torná-lo facilmente acessível.” disse ele. Mas este não é o único processo contra a empresa, acusando-a de ser monopolística, a estar em trâmite atualmente.
Por outro lado, vozes do governo e de organizações de defesa ao consumidor elogiaram a decisão do juiz. O Projeto de Liberdades Econômicas Americanas (AELP) disse que a decisão é “uma tremenda vitória para os consumidores, para a inovação, e para toda a indústria da tecnologia”
É questionável se isso irá render alguma coisa. Minha confiança nos EUA em serem capazes de fazer literalmente qualquer coisa que prejudique os interesses de uma megacorporação é quase zero.
No entanto, ainda é interessante. Se isso for para a frente, combinado ao que tem acontecido na União Europeia e até mesmo aqui no Brasil, deve desacelerar a transição de nosso mundo para a categoria “distopia cyberpunk”.
Escrito por Vitor Germano para o Maringá Post
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