Com a informação de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta semana o registro da vacina que previne a bronquiolite, a deputada estadual Maria Victoria (PP) reforçou o pedido para que o imunizante seja incorporado ao calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A decisão da Anvisa publicada no Diário Oficial desta segunda (1) é uma grande notícia. Vamos reforçar o pedido para sensibilizar o Ministério da importância de incluir a vacina no SUS. O vírus sincicial respiratório (VSR) vem causando bronquiolite grave em crianças pequenas e bebês e também em pessoas com mais de 60 anos”, disse Maria Victoria.
Em outubro do ano passado, enquanto a vacina contra bronquiolite ainda era avaliada pela Anvisa, a deputada Maria Victoria e o deputado Alexandre Curi (PSD) encaminharam um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade de Lima, solicitando a incorporação ao calendário de vacinação.
“O registro da vacina é o primeiro passo para que o imunizante possa fazer parte do rol das vacinas do Programa Nacional de Imunização. Temos certeza que o Ministério da Saúde terá sensibilidade para iniciar, o quanto antes, a vacinação gratuita das gestantes, prevenindo casos de bronquiolite em crianças nos primeiros dias de vida, período em que têm a saúde ainda bastante vulnerável, o que aumenta a gravidade da doença”, ressaltou Curi.
Indicação
Em nota publicada anunciando a aprovação, a Anvisa destacou que o imunizante é indicado para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em crianças desde o nascimento até os seis meses de idade por meio da imunização ativa em gestantes.
“Isso significa que, para a proteção das crianças, a aplicação da vacina deve ser feita nas mães, durante a gestação. A vacina não é aplicada diretamente nos bebês”, reforçou a agência.
A dose também foi autorizada para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em pessoas com 60 anos ou mais, população também considerada de risco para a doença.
Vacina
A vacina Abrysvo é descrita como bivalente, já que é composta por dois antígenos da proteína de superfície F do VSR. A administração é intramuscular e em dose única. Segundo a Anvisa, o imunizante deve ser aplicado durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação.
“Como todo medicamento, foram observados alguns efeitos colaterais na administração do imunizante, sendo os mais comuns: dor no local da vacinação, dor de cabeça e dor muscular”, destacou a agência. “Ainda assim, a totalidade das evidências apresentadas à Anvisa foi capaz de demonstrar que os benefícios da vacina são superiores aos seus riscos.”
A Anvisa já havia autorizado o registro da vacina Arexvy, da farmacêutica GlaxoSmith Kline, também destinada à prevenção de doenças causadas pelo VSR, porém, com indicação restrita à população com idade superior a 60 anos.
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
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