A Angioplastia consiste no tratamento não cirúrgico de obstruções nas artérias coronárias, por meio de um cateter balão, com o objetivo de aumentar o fluxo sanguíneo para o coração. Uma obstrução pode impedir ou reduzir a vazão do fluxo de sangue, prejudicando a irrigação do coração e aumentando o risco de um infarto. Após a desobstrução da artéria coronária, um implante endovascular, conhecido como stent, é utilizado para restaurar o fluxo sanguíneo na artéria coronária, conferindo para o coração um ritmo próximo ao normal.
O stent é uma prótese metálica, que é expandida por um balão insuflado. Ao se abrir, o implante esmaga o depósito de gordura contra a parede da artéria, permitindo que o sangue flua. Cerca de mais de 95% dos casos de obstrução são resolvidos com o uso do stent.
Atualmente, os modelos de stents mais utilizados são aqueles que possuem medicamentos, associados à estrutura metálica, com o objetivo de reduzir as chances de reincidência da obstrução. Também existem modelos de stents feitos a partir de um tipo de plástico especial, mas que contém medicação junto à sua estrutura. Este modelo é totalmente absorvido pelo organismo, permitindo que a prótese desapareça após alguns anos. A escolha do tipo de prótese é feita com base em características anatômicas e clínicas do paciente, que podem determinar as chances de uma nova obstrução.
Uma Angioplastia possui duração de, aproximadamente, uma hora, mas nos casos de maior complexidade, o procedimento pode durar cerca de duas horas. O procedimento é realizado por meio de uma punção em uma artéria do braço ou da perna, sem a necessidade de cortes, o que confere uma rápida recuperação para o paciente, o qual deve permanecer internado por um período mínimo de 24 a 48 horas, dependendo da evolução do paciente.
O Angioplastia em si não cria nenhuma limitação para o paciente, possibilitando que este retorne às suas atividades cotidianas, logo em seguida. Mas, a realização de grandes esforços físicos ficará comprometida por alguns dias, em função do local onde foi feita a punção. Esse retorno à rotina só sofrerá alterações caso a pessoa apresente algum comprometimento severo da função do coração, relacionado a outra doença no órgão.
Foto: iStock
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