O uso da tecnologia pode ajudar a encontrar crianças desaparecidas

  • Com cerca de 40 crianças desaparecidas por ano, cada vez mais se torna comum buscar por maneiras de monitorar os filhos. Usar a tecnologia a favor pode ser uma boa saída.

    Os aplicativos para pais, que ajudam a monitorar os aparelhos das crianças, têm sido a solução para ter um pouco mais de tranquilidade e segurança nos dias atuais.

    Os pais, mesmo quando não estão presentes, gostam de saber onde os seus filhos estão. Esse fato tem um motivo: o número de crianças desaparecidas no Brasil é de cerca de 40 mil por ano ou 115,9 por dia.

    Os números não são precisos, uma vez que não se tem um levantamento recente. Uma medição feita em 2016, com os dados de boletins de ocorrência de alguns estados das regiões Sul e Sudeste, apontou o número de crianças desaparecidas com idade entre 0 e 18 anos. São Paulo está na liderança (10.197), seguido pelo Paraná (8.459) e Minas Gerais (3.800).

    Uma vez que não sabe o número exato de desaparecidos, fica mais difícil descobrir quantas das crianças foram localizadas.

    Para tentar minimizar os problemas e ter soluções mais rápidas na busca pela desparecido, foi lançada uma nova versão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

    Dentre as maneiras adotadas para combater o desaparecimento está a proibição de menores de 16 anos viajarem desacompanhados e a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas.

    Não havia um cadastro oficial nacional de desaparecidos. Isso ocorria por meio de ONGs e instituições que visavam ajudar a encontrar as pessoas. Uma delas é a Desaparecidosdobrasil.org, que divulga as fotos dos jovens, orienta as famílias e atua na prevenção desse crime.

    Como a tecnologia ajuda na localização de crianças desaparecidas

    Com um número tão alto de crianças desparecendo todos os anos, não apenas no Brasil, mas no mundo todo, cada vez mais a tecnologia tem sido usada como aliada.

    O envelhecimento digital é uma simulação de como a criança estaria depois de alguns anos após ter sumido. Ela analisa diferentes fotos do desparecido e cruza com outras dos familiares para fazer uma simulação.

    Nos Estados Unidos, existe um sistema de Alertas, o “Amber Alert” que assim que um caso é registrado automaticamente é enviado um alerta para a impressa e para as pessoas que se encontram próximas ao local da ocorrência.

    A notificação chega por mensagens no celular, placas eletrônicas nas rodovias, caixas eletrônicos e TVs por assinatura.

    Dessa forma, as pessoas próximas podem reconhecer as crianças desaparecidas, reconhecer e informar as autoridades ajudando no resgate delas.

    O reconhecimento facial também tem sido usados um países como China e Índia e já ajudou e encontrar diversas crianças. Um software consegue cruzar informações de diversos bancos de dados e reconhece a pessoas que está sendo procura em diferentes ângulos.

    No Brasil, muitos desses recursos ainda não são utilizados, mas, já existe uma proposta de criar um sistema de alerta, similar ao que é utilizado hoje para carros roubados.

    Nesse caso, os policiais de todo o país seriam avisados imediatamente assim que um boletim de ocorrência fosse registrado.

    Aplicativos para monitoramento dos pais

    Os pais nem sempre têm acesso a todas essas tecnologias, porém, podem atuar de maneira preventiva monitorando a localização dos filhos. Hoje em dia, as famílias tentam usar a tecnologia no dia a dia e há diversos aplicativos que podem ser úteis em casa.

    Quando se trata de segurança familiar, aplicativos como o Find My Kids permitem saber onde a criança está sem que seja preciso ligar para ela a todo momento.

    Ele permite o monitoramento remoto, enviando a locação do aparelho sempre que houver necessidade de consulta.

    É possível ainda receber notificações sempre que a criança esteja em um local determinado, por exemplo, quando chega em casa os pais são avisados e podem ficar mais tranquilos que o filho está em segurança.

    Os que desejam ter um controle maior, podem verificar os trajetos que os filhos fizeram consultando o histórico, sites e aplicativos que foram usados no aparelho e até mesmo ouvir os sons ao redor da criança.

    Nesse último caso, se houver alguma suspeita, basta ativar o recurso e saber o que está sendo falado e se existe alguma situação de perigo.

    Quando se trata de segurança todo cuidado é considerado pouco, mas a prevenção e monitoramento ainda é a melhor maneira de evitar que aumente os números de crianças desaparecidas.

    Então é importante que os pais orientem os filhos, usem aplicativos que auxiliem e estejam sempre atentos a qualquer sinal de perigo.

    Fontes: Super Interessante, Observatorio3setor

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