A indústria cinematográfica mundial registrou, no último ano, um lucro recorde de US$ 96,8 bilhões. Apenas em bilheterias, o setor faturou US$ 40 bilhões, segundo números divulgados pela Motion Picture Association of America (MPAA).
Os serviços de streaming de vídeo, como Netflix ou Amazon Prime, foram os que mais surpreenderam em crescimento. Pela primeira vez na história, o número de assinantes destas plataformas ultrapassou os da televisão por assinatura.
De acordo com o relatório anual da The Motion Picture Association of America (MPAA), associação que reúne grandes estúdios de Hollywood e, recentemente, a Netflix, os norte-americanos gastam 52% do seu tempo de visualização em plataformas digitais. “No mercado dinâmico atual, as histórias ganham vida nos cinemas, em casa e em movimento”, disse o CEO da MPAA, Charles Rivkin, em comunicado. “Nossas empresas continuam a fornecer conteúdo onde, quando e como o público quer”, completou.
Ainda segundo o relatório, em 2018, o mercado cinematográfico mundial cresceu 9% em relação ao ano anterior. Superproduções da Disney como “Pantera Negra”, “Os Vingadores: Guerra Infinita” ou “Os Incríveis 2” foram grandes responsáveis por este salto.
As receitas relacionadas à visualização em domicílio (conteúdo digital em disco ou via internet) tiveram um crescimento ainda maior, de 16% em relação ao ano anterior. “Desde 2014, os gastos com serviço digital cresceram 170% em todo o mundo, enquanto aqueles com os suportes físicos diminuíram em 48%”, diz o relatório.
Embora as assinaturas de serviços de vídeo online tenham aumentado em 27%, enquanto as assinaturas de TV a cabo cairam 2% , os serviços a cabo continuam gerando as maiores receitas. Em relação aos lucros nas salas de cinema, Estados Unidos e no Canadá tiveram um aumento significativo de 7%, enquanto no resto do mundo diminuiu 1%. Mesmo assim, o número de salas aumentou em 7%, chegando a quase 190 mil.
Além da América do Norte, que está no topo do consumo do mercado cinematográfico, sete outros países são bastante representativos, com lucros de pelo menos um bilhão de dólares por ano – a China (US$ 9 bilhões), o Japão (US$ 2 bilhões), a Alemanha, a Índia, a França, a Coreia do Sul e o Reino Unido.
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