Com 58% do território em seca, Brasil concentra 71,9% das queimadas na América do Sul

País registra mais de 7 mil focos de incêndio; Amazônia e Cerrado são as regiões mais atingidas, enquanto nuvens de fumaça afetam a saúde pública.

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    Nos últimos dois dias, o Brasil registrou 71,9% das queimadas na América do Sul, com 7.322 focos de incêndio até a sexta-feira (13), segundo o sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A Bolívia vem em segundo lugar com 1.137 focos (11,2%), seguida por Peru (8,3%), Argentina (4,3%) e Paraguai (2,7%).

    No acumulado de 2024, o Brasil já contabiliza 180.137 focos de incêndio, representando 50,6% dos registros da América do Sul. Esse número é 108% superior ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 86.256 focos.

    Entre os estados brasileiros, Mato Grosso lidera com 1.379 queimadas nas últimas 48 horas, seguido por Amazonas (1.205), Pará (1.001) e Acre (513). O município mais afetado é Cáceres (MT), com 237 focos no período.

    A Amazônia é a região mais impactada, concentrando 49% das áreas atingidas pelo fogo, seguida pelo Cerrado (30,5%), Mata Atlântica (13,2%), Pantanal (5,4%) e Caatinga (1,9%).

    A Polícia Federal investiga indícios de ações coordenadas por trás de parte dos incêndios florestais, enquanto o ministro do STF, Flávio Dino, determinou medidas de combate às queimadas na Amazônia e no Pantanal, onde o uso do fogo em práticas agrícolas é proibido por lei, com penas de até quatro anos de prisão.

    Além dos danos ambientais, as queimadas têm afetado a saúde pública, com cidades cobertas por nuvens de fumaça, prejudicando a qualidade do ar. As autoridades recomendam que a população evite atividades ao ar livre e minimize a exposição em áreas afetadas.

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