O pequeno Israel veio ao mundo quando a família se preparava para ir ao hospital. Ao Maringá Post a mãe, Maria Gabriela Milioli, relatou como foi a experiência.
Por Victor Ramalho
Era para ser mais um feriado comum. Na casa da Maria Gabriela e do Anderson Nogueira, moradores de Maringá, eles e os dois filhos se preparavam para curtir o domingo de Páscoa.
O casal estava a espera do pequeno Israel. Maria, grávida de 41 semanas, sabia que a hora do parto estava próxima. Mesmo assim, a família foi pega de surpresa quando o bebê decidiu vir ao mundo neste domingo (31). Sem tempo de chegar ao hospital, o bebê nasceu ali mesmo, em casa.
Toda a experiência foi relatada pelo casal nas redes sociais. Para o parto, eles contaram com a ajuda de uma enfermeira e de uma doula. Em entrevista ao Maringá Post, Maria relatou a experiência.
Segundo a mãe, ter o bebê em casa não estava nos planos. No entanto, ter o acompanhamento das profissionais foi uma iniciativa recomendada pelo médico da família, Edson Rudey, que acompanhou o casal no pré-natal.
“Nós estávamos esperando nossa equipe chegar para assim, ir para o hospital, mas quando minha enfermeira chegou, ela viu que eu já estava quase ganhando o bebê. Optei por terminar de ganhar o bebê em casa do que no carro, a caminho do hospital. […] Os meus outros dois filhos foram por via de parto normal também. Mas os dois foram no hospital. Este também seria. Era nossa intenção. Mas em nenhum momento fiquei preocupada porque ele estava nascendo em casa. A minha equipe tem experiência com partos que não chegaram a acontecer no hospital, pois isto é possível de acontecer a mulher quando tem partos anteriores. Os partos podem evoluir mais rápido”, disse.
Amanda Lavagnoli, enfermeira e Maria Cristina Castro, doula, foram quem ajudaram no parto. Maria Gabriela diz que ter a ajuda das profissionais tornou a experiência tranquila. E ver o filho nascendo no domingo de Páscoa foi ainda mais significativo.
“Foi uma experiência maravilhosa. Ter pessoas em quem eu confio perto de mim, foi essencial. A dor do parto é algo iminente, mas a forma como é vivida pela mulher muda tudo. Eu sou católica e achei muito significativo meu filho nascer na manhã de Páscoa. Lembrei de Cristo que passou pela morte, pela dor, para então ressurgir e nos dar a salvação. Assim, salvo as proporções, precisei também me despojar, me entregar, pra que meu filho viesse ao mundo.
Todas as mães passam por isso, mesmo na cirurgia. Não existe parto sem sacrifício. Passar por um processo cirúrgico também não é nada fácil. Toda mãe morre um pouco para si para dar vida a um filho”, relatou.
A família levou o bebê ao hospital assim que o parto foi concluído. O recém-nascido veio ao mundo saudável, com 3,2kg e 52cm. Ele segue sendo acompanhado pelos médicos para a realização de todos os exames de rotina.
Foto: Colaboração/Maria Gabriela Milioli
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