Foto: André Thiago Chaves/SANEPAR
O grupo de trabalho estudará alternativas de reúso da água em quatro frentes de utilização: urbano, agrícola, industrial e indireto potável. No caso da Sanepar, o foco principal é o reaproveitamento do resultado no tratamento de esgoto, que gera grandes quantidades de água de altíssima qualidade.
A partir do complexo de estações de tratamento de esgoto, que reúne 264 unidades, a Companhia irá definir o potencial de produção e as possibilidades de aplicação em cada região. O interesse por esse sistema vem crescendo no mundo todo e foi tema de um encontro de diretores da Sanepar com técnicos do Banco Mundial, em Curitiba, nesta quinta-feira (21).
O objetivo do programa é substituir o uso da água potável por água de reúso em aplicações de grande escala. Os efluentes das estações de tratamento da Sanepar são de boa qualidade e muitas vezes com carga orgânica bem abaixo do limite de outorga definido pelo Instituto Água e Terra (IAT). Isso significa que, com menos investimentos, essa água pode ser renaturalizada para diversos fins, inclusive o reúso indireto potável.
“Estamos vivendo os efeitos das mudanças climáticas com forte impacto ambiental, com impacto na vida de todos os seres que habitam nosso planeta. O uso da água tem que ser seletivo. Não podemos continuar usando água potável em alguns processos, na indústria, em irrigação agrícola e na limpeza de espaços públicos, por exemplo. Por isso, estamos buscando novas alternativas, que garantam parâmetros seguros de utilização”, afirma o diretor-presidente da Companhia, Claudio Stabile.
PIONEIRISMO – A Sanepar já tem boas experiências nessa área. Há mais de 20 anos disponibiliza água de reúso para o setor industrial em Araucária. E está desenvolvendo projeto-piloto, em Matelândia, na região Oeste do Estado, para fins de reúso agrícola da água da estação de tratamento de esgoto (ETE) Ocoizinho.
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