Neste século, trânsito de Maringá vitimou 57 pessoas por ano

Entre 2001 e 2023, 1.260 pessoas morreram no trânsito maringaense, de acordo com dados da Polícia Militar (PM) compilados pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). Desde 2013, quantidade anual de mortes tem ficado abaixo da média. 

  • Entre 2001 e 2023, 1.260 pessoas morreram no trânsito maringaense, de acordo com dados da Polícia Militar (PM) compilados pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). Desde 2013, quantidade anual de mortes tem ficado abaixo da média. 

    Por Victor Ramalho

    Entre 2001 e 2023, 1.260 pessoas morreram no trânsito de Maringá. Os dados são compilados pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e estão disponíveis para consulta pública. Eles são gerados a partir de boletins de ocorrência de acidentes de trânsito emitidos pela Polícia Militar (PM) no território maringaense.

    Na média é como se, neste século, 57 pessoas morressem em acidentes pela cidade a cada ano, considerando as que morrem ainda no local ou aquelas que são hospitalizadas, mas vem a óbito posteriormente. Desde 1997, quando os dados passaram a ser compartilhados, o ano com a maior quantidade de mortes foi 2004, com 85 óbitos. Já o ano em que menos pessoas morreram no trânsito foi 2021, com 33 óbitos.

    A partir de 2005, a Semob passou a classificar, nas estatísticas, as mortes ocorridas em acidentes com cada tipo de modal. Neste sentido, os motociclistas lideram a lista de vítimas, com 544 mortes no período. Em segundo lugar aparecem os pedestres, com 241 óbitos.

    Em entrevista ao Maringá Post, o secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur, explica que, nas contas do município, é possível observar uma redução média no número de acidentes fatais nos últimos anos. A atual administração é quem teria alcançado os melhores indicadores nesta metodologia, como explica o secretário.

    “Nós compilamos a quantidade de mortes ocorridas neste século e dividimos os números em triênios, relativos a cada gestão. Nesta metodologia, de 2017 em diante foi quando a cidade alcançou os menores números de mortes no trânsito. Não trata-se de um indicador para responsabilizar gestão X ou Y, até porque mortes no trânsito envolvem diversos fatores. É apenas um controle que fizemos para mostrar que os números estão diminuindo e que as medidas que temos tomado para isso estão surtindo efeito. Às vezes, as pessoas tem a impressão que a cidade está mais violenta no trânsito, mas não acredito que seja isso. Nos dias atuais, esses acidentes acabam ganhando mais visibilidade, por conta da mídia, das câmeras, há sempre alguém filmando em cada esquina e antes não era assim. É válido lembrar, por exemplo, que a frota de veículos cresce a cada ano e, mesmo assim, estamos reduzindo os números de acidentes”, diz Purpur.

    Números de mortes no trânsito de Maringá em cada triênio (2001 a 2023)

    2001/2004 = 254
    2005/2008 = 274
    2009/2012 = 266
    2013/2016 = 174
    2017/2020 = 170
    2021/2023 = 122

    Desde 2013, o número de vítimas em acidentes fatais no trânsito de Maringá fica abaixo da média do século. Neste período, o ano com mais óbitos foi 2014, com 49. A lista completa da quantidade de mortes no trânsito a cada ano pode ser conferida neste link.

    Purpur também explica que as ações de conscientização, em sua maioria, miram nos motociclistas como público-alvo, em função de serem as maiores vítimas.

    “Nós sempre priorizamos os motociclistas em nossas ações e é notória a satisfação deles neste sentido. Entre as medidas que podemos citar, há as campanhas para trocas de capacetes, que são um item fundamental de segurança. É bem comum vermos, em cenas de acidentes, os capacetes voando das cabeças dos motociclistas, por isso sempre facilitamos o acesso a equipamentos seguros. Outra medida são as oficinas de direção defensiva, onde eles têm a oportunidade de aprender técnicas e testar os equipamentos da própria moto. Em alguns casos, após as aulas, os motociclistas conseguem reduzir o tempo de frenagem em quase 50%, o que é uma distância considerável e pode representar a vida em um acidente”, afirma.

    Imagem Ilustrativa/Arquivo/PMM

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