A informação consta em um estudo desenvolvido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Na região, em dez municípios o salário médio das mulheres supera o dos homens.
Por Victor Ramalho
Em Maringá, o salário médio das mulheres é cerca de R$ 380 inferior ao dos homens. É o que revela um estudo publicado nesta sexta-feira (8), Dia da Mulher, pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que investigou a remuneração média dos trabalhadores nos 399 municípios do Paraná.
De acordo com a pesquisa, a remuneração média dos homens na Cidade Canção é de R$ 3.150,92, enquanto que a das trabalhadoras é de R$ 2.772,74, uma diferença de cerca de 13%.
Ainda conforme o estudo, em dez municípios da região de Maringá o salário médio das mulheres supera o dos homens, são eles: Paranavaí, Paranacity, Nova Esperança, Alto Paraná, Flórida, Presidente Castelo Branco, Ourizona, Ângulo, Guairaçá e Itaguajé.
Desses, Flórida é onde as mulheres ganham mais em relação aos homens. Por lá, o salário médio delas é de R$ 2.739,84, enquanto o dos homens é de R$ 2.380,72.
Em todo o Paraná, 93 municípios pagam, em média, mais para as mulheres do que para os homens. A maior diferença percentual foi observada em Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde elas chegam a ganhar até 66% mais do que trabalhadores do sexo masculino. No município de pouco mais de 6 mil habitantes, as mulheres tem remuneração média de R$ 3.256,50, enquanto o salário médio dos homens é de R$ 1.957,89.
Segundo o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a remuneração mais elevada das mulheres observada em muitos municípios do Paraná reflete, entre outros fatores, a alta participação no mercado laboral de trabalhadoras de atividades específicas, como a educação. “A área de ensino exige profissionais de alta qualificação e escolaridade, que, por isso, recebem salários mais elevados que a média”, afirma
De fato, de acordo com os dados da RAIS, as profissionais de ensino somam 157,6 mil no Paraná, representando 10,7% do total de 1,5 milhão de empregos formais femininos do Estado. Já no emprego masculino, a participação dos profissionais de ensino não ultrapassa 2,7%.
Foto: Ilustrativa/Geraldo Bubniak/AEN
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