Escola de Maringá vira palco de aventura zumbi em jogo online desenvolvido por alunos

Jogo criado no Roblox está dentro da disciplina de pensamento computacional e da estratégia da rede estadual de preparar alunos para novas profissões.

  • Foto: Reprodução/Acervo Pessoal/AEN

    Um grupo de alunos do 8º ano do Colégio Cívico Militar Duque de Caxias, em Maringá, transformou a escola em um cenário de um jogo online de zumbis. O jogo, chamado “Salvadores da Escola”, coloca o jogador em uma missão de defender a instituição de um ataque de mortos-vivos, enfrentando obstáculos como tremores de terra.

    “Salvadores da Escola” foi criado na plataforma Roblox Estúdio, que permite aos usuários desenvolverem seus próprios jogos de forma simples e gratuita. O projeto faz parte da disciplina de pensamento computacional, que ensina conceitos de algoritmos e programação.

    Criadores

    Os criadores do jogo são Vitor Guilherme, Erick, Andrew e Leonel, que têm em média 13 anos.

    Processo de criação

    O objetivo era desenvolver um jogo que proporcionasse uma experiência imersiva dentro da escola. Para isso, eles fotografaram as diferentes áreas da escola, como salas de aula, pátio e corredores, e as reproduziram no ambiente virtual, garantindo autenticidade e reconhecimento dos cenários. Depois, eles adicionaram os elementos narrativos inspirados na série “Walking Dead”.

    O processo também envolveu diversas interações, nas quais o jogo foi sendo aprimorado e corrigido.

    O resultado da disciplina de pensamento computacional deixou o professor admirado. “Foi incrível ver o jogo se formando no mundo virtual a partir do trabalho deles”, relata Felipe Magalhães de Aguiar. “Na sala de aula, eu sempre estimulei a cooperação entre os alunos ao propor atividades em duplas. O foco era entender algoritmos, dando personalidade e movimento aos personagens, o que pode ter aumentado o interesse dos estudantes”.

    Ele afirma que as competências desenvolvidas na disciplina foram essenciais para criar elementos do jogo. “Esse projeto mostra o envolvimento contínuo com a proposta”, diz Felipe. “A construção do jogo na plataforma possibilitou uma forma diferente de aprender conceitos complexos, tornando a aprendizagem em um processo divertido e estimulante”.

     Na foto, um dos criadores do jogo – Vitor Guilherme

    Um dos criadores do jogo, Vitor Guilherme Cosmo Cabral, diz que foi convidado pelos colegas para atuar como “construtor”.

    “Tenho um sonho de ser arquiteto, então, participar do processo de criação me fez gostar ainda mais de ser um construtor”, destaca.

    Ele também ressalta que o jogo ainda não está pronto e que não está aberto para quem quiser jogar. “Só os alunos da escola têm acesso”.

    A mãe dele, Luana Cosmo da Silva Cabral, elogia a iniciativa.

    “A família percebeu desde cedo que Vitor tinha intimidade e curiosidade pela tecnologia. Ele gostava de explorar, montar pecinhas, e a gente sempre incentivou. Quando nos avisou que ia participar da criação do jogo, ficamos felizes e o resultado só demonstra que ele está no caminho certo”, complementa.

    A diretora da escola, Leila Carla Machado da Silva, conta da trajetória com orgulho.

    “Eles disseram que a proposta visava não apenas divertir, mas também educar, explorando conceitos dessa nova era e eu achei a ideia muito boa”, conta.

    Ela também destaca a preocupação da escola e da rede estadual em assegurar aos estudantes o entendimento dos proveitos e riscos das comunidades online, tanto nas criações dos próprios usuários como nas conversas.

    A administradora explica que a plataforma Roblox possui mecanismos para manter usuários seguros, como a revisão de tudo o que é utilizado e dialogado.

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