Cirurgia inédita em Maringá salva paciente com grave infecção na perna

A cirurgia envolveu 11 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

  • Foto: Divulgação 

    Procedimento de alta complexidade durou 15 horas e é realizado em poucos centros no Brasil

    Um paciente que sofria de uma infecção severa na perna, após uma fratura exposta, foi salvo por uma cirurgia de alta complexidade e inédita em Maringá. O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) realizou o procedimento, que consiste em retirar tecido do dorso e transplantar na região lesada, para cobrir as estruturas expostas e restaurar o volume perdido.

    A cirurgia envolveu 11 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

    Os médicos Carlos Calzado e Sergio Auto, especialistas em microcirurgia e cirurgia da mão e responsáveis por conduzir o procedimento, explicam que o paciente tinha uma grande área com perda de tecidos, que não podia ser fechada pelos métodos tradicionais.

    “O procedimento exigiu o uso de microscópio e instrumentos de microcirurgia. Essa técnica é rara no Brasil, pois poucos centros e profissionais têm treinamento em microcirurgia”, disse o doutor Calzado.

    A cirurgia durou cerca de 15 horas e foi bem-sucedida. “O pós-operatório requer avaliação e monitoramento frequentes, para garantir a sobrevivência do tecido transplantado. A equipe da UTI do HU teve um papel fundamental para o resultado. O paciente ainda precisará de outras intervenções para a recuperação total, mas esta foi a etapa mais crítica”, finalizou Calzado.

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