Incêndio que matou duas crianças em Maringá não foi ocasionado por curto-circuito, conclui perícia

Apesar do laudo pericial concluído, as investigações seguem abertas. De acordo com a Polícia Civil, ainda não é possível afirmar se o incêndio foi criminoso.

  • Apesar do laudo pericial concluído, as investigações seguem abertas. De acordo com a Polícia Civil, ainda não é possível afirmar se o incêndio foi criminoso.

    Por Victor Ramalho

    O incêndio que matou dois irmãos, de 7 e 12 anos de idade, em uma residência no Parque das Laranjeiras, em Maringá, em novembro de 2023, não foi ocasionado por um curto-circuito. A conclusão é do laudo pericial, emitido pela Polícia Científica de Maringá e entregue à Polícia Civil nesta semana.

    Na ocasião, o fogo começou durante a madrugada. Conforme relatou o Corpo de Bombeiros na época, quando os caminhões chegaram ao local a residência já estava tomada pelo fogo. O combate às chamas levou em torno de duas horas, com as equipes necessitando fazer um trabalho de rescaldo, devido a grande quantidade de material na residência.

    Os dois irmãos dormiam no imóvel quando o incêndio começou e não conseguiram sair a tempo. O irmão mais velho das vítimas, de 18 anos, tentou entrar na residência para salvar as crianças, mas não conseguiu. Durante a tentativa de resgate, ele teve 90% do corpo queimado e foi hospitalizado em estado grave. Ele também morreu, uma semana depois, internado em um hospital de Curitiba.

    De acordo com o laudo, o incêndio teria iniciado a partir de “ação humana”. Apesar da perícia concluída, a investigação segue em andamento. Ao Maringá Post, o delegado da Polícia Civil de Maringá, Luiz Cláudio Alves, explicou que ainda não é possível concluir se o incêndio foi criminoso.

    “É importante pontuar que a investigação segue em andamento. O laudo conclui que não houve um curto-circuito, que o fogo pode ter iniciado de ação humana. Agora, precisamos investigar que ação humana foi essa. Não dá para dizer ainda se foi, ou não, um incêndio criminoso. A ação humana pode ocorrer de um ato involuntário, como uma bituca de cigarro acesa, por exemplo. Nossos trabalhos seguem nessa linha, de identificar qual ação humana que ocasionou o incêndio”, disse.

    Registro do combate ao incêndio no Parque das Laranjeiras, no dia 7 de novembro de 2023 | Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

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