O número, que engloba todos os tipos de especialidades, é relativo a pacientes que aguardam retorno ou que buscam uma consulta pela primeira vez. De janeiro a outubro, Maringá fez mais de 130 mil consultas especializadas.
Por Victor Ramalho
A fila de espera por consultas especializadas em Maringá é de quase 70 mil procedimentos. O dado foi levantado pela Secretaria Municipal de Saúde, a pedido do Maringá Post, nesta semana. O número, que engloba todos os tipos de especialidades, é relativo a pacientes que buscam uma consulta pela primeira vez e também aqueles que aguardam retorno do primeiro procedimento.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, de janeiro a outubro de 2023, Maringá fez quase 134 mil consultas especializadas pela rede pública, uma média de mais de 13 mil procedimentos mensais.
Conforme dados da plataforma Maringá Saúde, consultados pela reportagem nesta quarta-feira (29), as especialidades com mais pessoas aguardando atendimento pela primeira vez são a Oftalmologia (11.773), Angiologia (9.606), Neurologia (2.656), Ortopedia (2.611), Cardiologia (1.476) e Otorrino (1.170). Atualmente, a Cidade Canção oferece atendimentos em mais de 50 especialidades.
Ao Maringá Post, o secretário de Saúde de Maringá, Clóvis Melo, explicou que há outros fatores, além da pandemia da Covid-19, que contribuíram para o represamento dos atendimentos não só em Maringá, mas em todo o Brasil. “Paralelamente à pandemia, o setor das especialidades é marcado por diferentes gargalos, em especial no que se refere à demanda represada pela falta de prestadores, tabela SUS defasada, que gera dificuldade de contratualização e aumento dos insumos”, disse.
Quase 9 mil pessoas aguardam cirurgias
A Secretaria Municipal de Saúde também repassou ao Maringá Post números relativos às filas por cirurgias eletivas e exames. Em Maringá, até o fechamento desta reportagem, eram 8.696 pessoas aguardam na fila por cirurgias e outras 30.865 aguardando exames. Em abril, quando o Maringá Post fez o levantamento pela última vez, a fila por cirurgias era de cerca de 11 mil pessoas.
Ao longo de 2023, a cidade realizou 16.873 cirurgias eletivas e 168.369 exames. Em 2022, foram 15.838 cirurgias.
Também segundo o secretário, Maringá tem tomado várias medidas para dar celeridade aos procedimentos. Uma delas é a intensificação dos cadastros dos pacientes. Com ele atualizado, o município tem um maior controle sobre as demandas pelos serviços oferecidos.
“As medidas que estão sendo tomadas referem-se à reorganização da rede de assistência como um todo. Para garantir mais agilidade aos serviços de saúde, o município tem trabalhado, de forma contínua, na gestão da fila de especialidades, com a intensificação das atualizações de cadastros dos pacientes e a revisão das filas já existentes. O cadastro de cada usuário com informações recentes é fundamental para melhoria contínua do serviço e garante que as equipes consigam contato para avisar sobre a liberação de consultas e exames”, afirmou Melo.
Clóvis Melo também explica que o município tem realizado outros procedimentos, como os mutirões que tem ocorrido mensalmente. “O município também tem intensificado as ações no setor terciário, com aumento de contratualizações com os prestadores SUS e com o consórcio intermunicipal de saúde, além da potencialização de especialidades no próprio Hospital Municipal, com mutirões mensais de mais de mil procedimentos em um único dia. Além disso, houve implantação do plantão noturno para informar os pacientes sobre as liberações dos procedimentos, uma vez que durante o dia há dificuldade em contatar o usuário. As filas se retroalimentam e o município tem trabalhado para que o processo de liberação dos procedimentos ocorra o mais rápido possível”, finalizou.
Foto: Ilustrativa/Arquivo/PMM
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