Vigilantes de CMEIs em Maringá alegam estar sem salários há dois meses

Um grupo de aproximadamente 30 vigilantes realizou um protesto nessa segunda-feira (9), em frente à Secretaria Municipal de Educação. Município alega que os repasses para a empresa responsável pelo serviço estão em dia.

  • Um grupo de aproximadamente 30 vigilantes realizou um protesto nessa segunda-feira (9), em frente à Secretaria Municipal de Educação. Município alega que os repasses para a empresa responsável pelo serviço estão em dia.

    Por Victor Ramalho

    Um grupo de aproximadamente 30 vigilantes se reuniu nessa segunda-feira (9), em protesto em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), cobrando providências em relação a supostos atrasos salariais. Eles realizam a vigilância nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Maringá, mas afirmam estar sem salários há dois meses.

    O Jonathan Martins é um dos vigilantes que estavam na manifestação. Ele alega que além do atraso salarial, ele e os colegas também não recebem o piso da categoria. “Nós estamos há mais de 60 dias sem receber. A empresa anterior fez uma promessa de pagar a gente até amanhã e estamos aguardando. Nós estamos reivindicando também o nosso piso salarial, que a empresa não fez de forma correta, está dando uma diferença de quase R$ 600 em nosso salário e as condições de trabalho: trabalhamos de segunda a sexta, 12h por dia, só deram um uniforme, não deram cinturão e os equipamentos necessários. Queremos receber o que a gente trabalhou e eles nem condições de transporte nos deram”, disse.

    O Lucas Gouveia reforça a situação dos colegas. Muitos deles, conforme o vigilante, vieram de outras cidades por conta da oportunidade de trabalho. “Muitas pessoas que estão lutando aqui estão em vias de serem despejadas de suas casas, muitas têm crianças, famílias para sustentarem, já são mais de 60 dias sem receber e nós queremos uma posição. Não sabemos se devemos cobrar do prefeito ou de outra pessoa, um joga a culpa para o outro. Queremos saber pelo menos quem é o culpado da situação que estamos vivendo, muitos não são aqui de Maringá, vieram por conta dessa oportunidade e estão vendo essa falta de respeito com o trabalhador”, afirmou.

    Os vigilantes que prestam o serviço ao município são contratados de uma empresa terceirizada, que venceu um edital publicado em maio e que previa a vigilância das 116 unidades escolares do município pelo período de 12 meses, em um contrato de R$ 8,6 milhões.

    Por meio da nota, a Prefeitura de Maringá informou que “o pagamento da empresa está em dia e o próximo repasse será realizado dentro do prazo legal previsto no edital e contrato”. Este próximo pagamento, de acordo com o município, será feito nesta semana, mas ele reforça que “as relações empregatícias são responsabilidade da empresa”. Na mesma nota, a Prefeitura também afirma que “a Secretaria de Educação tem acompanhado e cobrado a empresa, após identificar incongruências na prestação do serviço e descumprimento do contrato”.

    O município segue em tratativas com a empresa para que o serviço seja regularizado o quanto antes. Não foi informado se alguma escola ficou sem vigilância nessa segunda-feira (9) por conta do protesto.

    O Maringá Post tenta contato com a empresa responsável pelo serviço.

    Foto: Ilustrativa/Arquivo/PMM

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