Em entrevista ao Maringá Post, a secretária de Obras Públicas de Maringá, Jocelei Menon, atualizou os avanços no projeto. Segundo ela, município tomou os cuidados para que a intervenção não atrapalhasse o funcionamento normal do local.
Por Victor Ramalho
Nesta semana, completam-se dois anos e seis meses do início da reforma do Terminal Rodoviário Vereador Dr. Jamil Josepetti, em Maringá. A obra, iniciada em fevereiro de 2021, tinha prazo de conclusão de 12 meses, mas sofreu alguns atrasos por conta de problemas com a empresa que assumiu a reforma inicialmente. Atualmente, o prazo de conclusão da intervenção é janeiro de 2024, conforme um aditivo adicionado no atual contrato no fim do ano passado.
Iniciada em fevereiro de 2021, a obra precisou ser paralisada em setembro do mesmo ano, após a construtora que venceu o contrato ter alegado não haver frente de trabalho, conforme informou a Prefeitura à época. Na ocasião, o município notificou a empresa, que alegou que retomaria o serviço. Em janeiro de 2022, no entanto, quando a entrega deveria ser concluída, a construtora abandonou a obra. Com isso, a Prefeitura de Maringá seguiu o trâmite lega, quebrando o contrato e convocando a segunda colocada no edital.
O objetivo da intervenção, conforme material institucional da Prefeitura de Maringá de dezembro de 2020, era a adequação de projetos de acessibilidade, além de “melhorias nas partes elétricas, hidráulicas e logística, adequações e ampliações na prevenção de acidentes e catástrofes, entre outros”.
Atualmente, a reforma é conduzida por uma construtora de Maringá, que teve o contrato homologado em março de 2022 e assumiu o serviço em maio do ano passado.
De acordo com a Prefeitura de Maringá, até o momento a reforma já contemplou mais de 14 itens, entre eles a troca dos pisos das rampas de acesso ao pavimento superior, adaptação das rampas das plataformas de embarque para acessibilidade, montagem da estrutura metálica do elevador, execução de refeitório e área de convivência no primeiro pavimento e instalações elétricas. Os próximos passos, de acordo com a Secretaria de Obras Públicas, são a finalização dos banheiros, instalação dos elevadores e execução da nova entrada na Avenida Centenário.
“Muitas intervenções importantes já foram concluídas, mas em áreas que não são visíveis ao público”
Para atualizar os andamentos do projeto, o Maringá Post conversou nesta quinta-feira (10) com a secretária de Obras Públicas de Maringá, Jocelei Menon. Segundo ela, a intervenção foi planejada para que o funcionamento normal da Rodoviária não fosse paralisado, o que poderia afetar os passageiros.
“Fazer uma obra em uma Rodoviária que não pode parar é como reformar uma escola que não pode paralisar as aulas. É preciso tomar uma série de cuidados para que a reforma não atrapalhe os alunos ou os passageiros, nesse caso. Nesse sentido, nós estamos sempre acompanhando tudo de perto, garantindo que a obra avance e, ao mesmo tempo, não cause nenhum transtorno aos usuários”, explica.
Ainda segundo a secretária, quando o contrato com a primeira empresa foi quebrado, os andamentos foram realinhados com a construtora que assumiu a obra posteriormente. Ela lembra, por exemplo, adaptações que foram demandadas por conta da pandemia.
“Quando a outra empresa assumiu, houve um processo natural de rever o projeto, para firmar o contrato com essa nova construtora, onde aproveitamos para acrescentar algumas adaptações importantes que não estavam previstas. Um exemplo que fica muito claro é o dos balcões para vendas de passagens. Eles foram ampliados para evitar que as pessoas ficassem em filas muito próximas. Hoje as empresas estão posicionadas nos guichês de forma mais distante e, no dia a dia, não vemos aglomerações nesse espaço”, reforça.
Ainda de acordo com Jocelei, uma série de avanços significativos já foram feitos, mas em locais que não ficam visíveis ao público.
“O projeto original, se formos analisar, não era o de uma obra estética. Falávamos em adaptações de acessibilidade, obras hidráulicas, coisas que as pessoas não vêem, o que pode passar a impressão que a obra não avança, mas avançou muito. As rampas de acesso do térreo ao primeiro andar, por exemplo, estão finalizadas e com piso antiderrapante, para aumentar a segurança dos passageiros. Também já concluímos o fosso do elevador, estamos finalizando os banheiros, fizemos reparos necessários no telhado, na rampa de acesso para quem entra na Rodoviária pela Tuiuti. “Muitas intervenções importantes já foram concluídas, mas em áreas que não são visíveis ao público”, diz.
A secretária de Obras também explica que tanto a pasta quanto a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), que é a responsável pelo Terminal, fiscalizam a obra diariamente, para garantir os avanços no cronograma.
“Nós estamos sempre fiscalizando. Ontem mesmo eu e nossa equipe estivemos no Terminal, para analisar os avanços. Para agilizar o trabalho, algumas intervenções que estavam previstas para o final da reforma foram feitas logo no início, assim como outras que deveriam ser feitas antes vão ser feitas agora, pensando na comodidade dos passageiros. Nossa equipe e a Semob estamos constantemente fazendo reuniões, para entender todas as demandas”, finaliza.
Foto: Aldemir de Moraes/Arquivo/PMM
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