Foto: Rafael Macri / PMM
Maringá cria Secretaria da Pessoa com Deficiência e amplia ações inclusivas. A nova pasta será comandada por Maria Elizabeth Dumont Negrelli, intérprete de libras e guia-intérprete, que tomará posse na segunda-feira, 7. A equipe de servidores também terá pessoas com deficiência.
A secretaria vai reforçar as medidas de inclusão que a Prefeitura de Maringá já realiza nas áreas social, de esporte, educação, empregabilidade e outras. Segundo o censo de 2010 do IBGE, Maringá tem 23.731 pessoas com deficiência. O número pode ser maior, pois o levantamento não considera o autismo, por exemplo.
“Nossa gestão é pioneira em vários aspectos relacionados à inclusão. Fomos a primeira cidade do Paraná a incluir jovens aprendizes da Apae nas secretarias e fortalecemos outras ações em diversas áreas. Com a nova secretaria, impulsionamos ainda mais o nosso trabalho, com políticas públicas específicas para esse público”, diz o prefeito Ulisses Maia.
A titular da pasta é mestre em Educação Inclusiva pela UEM e especialista em Educação Especial e em Libras. Com a nomeação, a gestão municipal passa a ter 15 secretárias mulheres, metade do secretariado.
Com a criação da secretaria, o município fortalece as ações desenvolvidas para inclusão e promoção de oportunidades para pessoas com deficiência. No esporte, há vagas reservadas para pessoas com deficiência nas turmas de natação e hidroginástica do CSU. São mais de 200 pessoas atendidas no complexo esportivo. No Centro Esportivo do Jardim Alvorada, haverá uma turma de natação para crianças com autismo.
No esporte de rendimento, 16 entidades com modalidades esportivas praticadas por pessoas com deficiência são conveniadas ao município e recebem recursos para desenvolvimento das atividades. São 272 paratletas beneficiados. Além disso, 39 paratletas recebem Bolsa Atleta e 12 técnicos recebem Bolsa Técnico.
O município também investe na formação de profissionais da rede municipal para inclusão e atendimento de crianças com deficiência nas unidades escolares. Na rede de saúde, há estrutura preparada para acolhimento e atendimento, como Clínica do Autismo e diversos outros serviços nas UBSs. As políticas públicas também envolvem as ações culturais, que contam com intérpretes de libras, áreas elevadas para pessoas com deficiência e outras iniciativas.
A empregabilidade e ações para promover o acesso ao mercado de trabalho também são aspectos das políticas públicas inclusivas. Apenas neste ano, a Agência do Trabalhador intermediou 413 vagas de emprego para pessoas com deficiência. No período, 670 candidatos foram encaminhados para entrevistas de emprego. Além disso, há curso de libras para os servidores, orientações para empresas sobre a empregabilidade de PcDs, parcerias com associações e entidades, como Assumar, alfabeto em libras disponível para servidores e trabalhadores que procuram a agência, entre outros.
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