A informação é da Secretaria de Mobilidade Urbana de Maringá (Semob). De acordo com a pasta, para reduzir o valor da passagem seria necessário aumentar o subsídio que o município paga para a empresa de ônibus.
Por Victor Ramalho
A tarifa técnica do transporte coletivo de Maringá caiu R$ 0,25, sendo fixada em julho em R$ 6,80, ante os R$ 7,05 projetados em janeiro. A informação foi dada pelo prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD) em entrevista à Jovem Pan Maringá nesta quarta-feira (19). Apesar disso, o preço da passagem de ônibus ao usuário final, que está em R$ 4,80, não será reduzido na cidade.
O assunto não foi abordado pelo chefe do Executivo durante a entrevista, mas o Maringá Post conversou sobre o tema com o secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur, também nesta quarta-feira (19). De acordo com ele, a redução já era esperada, devido a queda no valor dos insumos do transporte coletivo.
No entanto, para a redução ser repassada ao usuário final, seria necessário um aumento no valor do subsídio já pago pelo município à Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), empresa que gerencia o sistema na cidade.
“A queda da tarifa técnica já era aguardada. Durante a pandemia e até o começo do ano, tivemos a disparada de preços de insumos essenciais ao transporte, como combustível, pneus e outros itens. No entanto, esse valor está reduzindo gradativamente e esperamos que, agora, possa ver uma estabilidade nesses preços. […] A tarifa deverá ser mantida a mesma, pelo menos até o começo do ano que vem. Para reduzirmos o valor da passagem, teríamos que aumentar o subsídio que já é pago pela Prefeitura à TCCC”, disse o secretário.
A “tarifa técnica” é o valor que deveria ser cobrado do usuário final pela utilização do transporte coletivo, considerando todos os custos. Em janeiro, esse valor era de R$ 7,05, mas os maringaenses pagavam R$ 4,80 na passagem, com a Prefeitura subsidiando os R$ 2,25 restantes.
Ainda de acordo com Purpur, o município ainda observa o crescimento no fluxo de passageiros no pós-pandemia. Ao menos 40 mil pessoas que usavam o sistema diariamente ainda não retornaram. “O fluxo de passageiros também orienta o custo. Antes da pandemia, eram 140 mil pessoas usando o sistema diariamente. Na fase mais severa da pandemia, foram apenas 40 mil usuários por dia. Hoje estabilizamos em 100 mil, que é um número positivo, mas ainda perdemos 40 mil pessoas que não voltaram a andar de ônibus”, explica.
De janeiro a maio de 2023, Maringá já desembolsou R$ 21 milhões para os pagamentos do subsídio destinado a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), empresa que faz a gestão das linhas de ônibus na cidade. O subsídio inclui as gratuidades de idosos, estudantes, públicos prioritários e também a diferença da tarifa ao consumidor final.
A projeção do município é de que, até o fim do ano, sejam pagos R$ 41 milhões para subsidiar o sistema e manter o atual valor da tarifa. O valor do subsídio mensal é variável e pago de acordo com a quantidade de usuários que utilizam o sistema. Em maio, por exemplo, o valor total investido foi de R$ 3,5 milhões. Somente em gratuidades, o município pagou as passagens de 343 mil usuários.
Imagem Ilustrativa/Arquivo/PMM
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