O projeto Parques Urbanos, implementado pelo Governo do Estado em 2019, está mudando a realidade de diversos municípios do Paraná. Por meio da ação, uma inciativa do Instituto Água e Terra (IAT), áreas sujeitas a ações erosivas ou regiões de fundo de vale que sofrem a degradação ambiental são completamente revitalizadas.
Até o momento já foram entregues 25 complexos deste tipo em diferentes regiões do Paraná. Outros 38 estão em construção ou em fase de licitação. O investimento global é R$ 73 milhões.
A ação auxilia na conservação da biodiversidade e permite a interação com a natureza através de duas funções: a social e a cultural. A primeira diz respeito ao direito ao lazer, com pistas de caminhada, playgrounds e espaços de contemplação do cenário. A segunda função possibilita o desenvolvimento de atividades e programas de educação ambiental para a população.
“Para ser aceito, o projeto deve sustentar o principal objetivo da iniciativa, que é recuperar o local de algum dano ambiental existente e não apenas oferecer uma nova área de lazer”, explica a coordenadora do Setor de Projetos Especiais da Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, Paula Coradin.
“No caso de áreas sujeitas à erosão, por exemplo, o município precisa demostrar no projeto a execução de serviços de engenharia que visem a recuperação do dano ambiental, e, como bônus, ele pode incluir equipamentos de lazer para a consolidação do parque urbano como um espaço tanto de recreação quanto de proteção ambiental. A presença da população nesses parques contribui, inclusive para evitar que a área volte a sofrer degradação”, acrescenta.
As 63 cidades contempladas pelo projeto nesta primeira fase são:
- Alto Paraíso;
- Altônia, Ampére
- Andirá;
- Arapongas;
- Araruna;
- Assaí;
- Boa Ventura de São Roque;
- Brasilândia do Sul;
- Califórnia;
- Cambará;
- Campina da Lagoa;
- Campo Mourão;
- Cianorte;
- Cidade Gaúcha;
- Cornélio Procópio;
- Corumbataí do Sul;
- Cruzeiro do Iguaçu;
- Cruzeiro do Oeste;
- Diamante do Norte;
- Flor da Serra do Sul;
- Formosa do Oeste;
- Guaíra;
- Itaguajé;
- Janiópolis;
- Jardim Olinda;
- Juranda;
- Jussara;
- Kaloré;
- Laranjal;
- Mangueirinha;
- Maria Helena;
- Marilena;
- Maringá;
- Marquinho;
- Marumbi;
- Moreira Sales;
- Nova Londrina;
- Nova Olímpia;
- Perobal;
- Pitanga;
- Primeiro de Maio;
- Quatiguá;
- Quatro Barras;
- Querência do Norte;
- Rondon;
- Santa Cecília do Pavão;
- Santa Cruz do Monte Castelo;
- Santa Isabel do Ivaí;
- Santa Mônica;
- Santo Antônio da Platina;
- Santo Antônio do Sudoeste;
- São João;
- São João do Ivaí;
- São Tomé;
- Sapopema;
- Tapejara;
- Terra Rica;
- Umuarama;
- Ventania.
Confira como o projeto transformou algumas cidades do Paraná:
MARINGÁ
Em Maringá, região Noroeste, a adequação foi às margens do Rio Ribeirão Maringá, com a implantação do Parque Gralha Azul, uma Área de Preservação Permanente (APP), com 8,3 mil metros quadrados. Ao todo, o investimento foi de R$ 1.871.180,45.
Antigamente, o curso hídrico do rio estava em processo erosivo gerado pela drenagem das águas pluviais dos bairros próximos, problema ambiental sanado com a construção do parque urbano. Mas não foi só isso. O projeto permitiu conter as constantes queimadas provocadas por ações humanas, além de oferecer aos moradores da região o primeiro espaço de lazer no bairro.
ARARUNA
O primeiro parque urbano do Paraná foi inaugurado em Araruna, na região Centro-Oeste, em 2021. Com 35 mil metros quadrados, o Parque das Araras antigamente era uma área de fundo de vale sem proteção, com sinais graves de desmatamento e assoreamento (acúmulo de terra ou por outros sedimentos).
A região mudou completamente. Agora, além do lazer oferecido por trilhas, playground, pista de caminhada e academia ao ar livre, há também um resgate ambiental no complexo. Houve, ainda, a melhoria da infraestrutura com a construção da ponte que liga o bairro Jardim Primavera ao Centro da cidade. O Governo do Estado investiu R$ 1.131.333,63, com contrapartida municipal de R$ 62.313,28.
DIAMANTE DO NORTE
Também na região Noroeste, para proteger a nascente Lago Xibiu de um processo erosivo, o Instituto Água e Terra (IAT) ajudou a construir o Parque Xibiu em uma área de 9.750 metros quadrados. O investimento foi de R$ 906.368,39. Cerca de 6 mil metros quadrados foram beneficiados diretamente com a reestruturação do local, cenário para educação ambiental, lazer e sociabilidade.
Além de promover o turismo sustentável, o parque auxilia a preservar o meio ambiente na região. Com vegetação nativa, o espaço ajuda a proteger uma nascente local de uma possível erosão no terreno.
PRIMEIRO DE MAIO
O Parque Urbano Mário Casanova, em Primeiro de Maio, na região Norte, recebeu o investimento de R$ 824.720,33 para a restauração e implementação de pista de caminhada, áreas de jardim, passeios, um lago e iluminação pública, em uma área de 57.854,72 metros quadrados. O parque traz uma série de benefícios ambientais para o município, com reflorestamento de mata nativa, recuperação do lago e controle de cheias, além de proporcionar o desenvolvimento de ações de conscientização ecológica, a conservação do meio ambiente e o fomento ao turismo.
GUAÍRA
Em Guaíra, região Oeste, a revitalização do Parque do Lago sanou um grave problema de assoreamento e poluição do corpo hídrico, além de diminuir a sobrecarga do sistema de drenagem e prevenção de alagamentos. Para isso, a soma do investimento entre o Governo do Paraná e da prefeitura local foi de R$ 1.857.251,21. Os novos atrativos turísticos e de lazer foram a pista de caminhada, mudas de ipê, um parque de diversão e um espaço para a observação de peixes.
AEN
Foto: IAT
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