Parque Gralha Azul em Maringá é revitalizado pelo projeto Parques Urbanos no Paraná

A primeira fase do projeto Parques do Paraná contempla Maringá e outros 62 municípios. O investimento é de R$ 73 milhões.

  • O projeto Parques Urbanos, implementado pelo Governo do Estado em 2019, está mudando a realidade de diversos municípios do Paraná. Por meio da ação, uma inciativa do Instituto Água e Terra (IAT), áreas sujeitas a ações erosivas ou regiões de fundo de vale que sofrem a degradação ambiental são completamente revitalizadas.

    Até o momento já foram entregues 25 complexos deste tipo em diferentes regiões do Paraná. Outros 38 estão em construção ou em fase de licitação. O investimento global é R$ 73 milhões.

    A ação auxilia na conservação da biodiversidade e permite a interação com a natureza através de duas funções: a social e a cultural. A primeira diz respeito ao direito ao lazer, com pistas de caminhada, playgrounds e espaços de contemplação do cenário. A segunda função possibilita o desenvolvimento de atividades e programas de educação ambiental para a população.

    “Para ser aceito, o projeto deve sustentar o principal objetivo da iniciativa, que é recuperar o local de algum dano ambiental existente e não apenas oferecer uma nova área de lazer”, explica a coordenadora do Setor de Projetos Especiais da Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, Paula Coradin.

    “No caso de áreas sujeitas à erosão, por exemplo, o município precisa demostrar no projeto a execução de serviços de engenharia que visem a recuperação do dano ambiental, e, como bônus, ele pode incluir equipamentos de lazer para a consolidação do parque urbano como um espaço tanto de recreação quanto de proteção ambiental. A presença da população nesses parques contribui, inclusive para evitar que a área volte a sofrer degradação”, acrescenta.

    As 63 cidades contempladas pelo projeto nesta primeira fase são:

    • Alto Paraíso;
    • Altônia, Ampére
    • Andirá;
    • Arapongas;
    • Araruna;
    • Assaí;
    • Boa Ventura de São Roque;
    • Brasilândia do Sul;
    • Califórnia;
    • Cambará;
    • Campina da Lagoa;
    • Campo Mourão;
    • Cianorte;
    • Cidade Gaúcha;
    • Cornélio Procópio;
    • Corumbataí do Sul;
    • Cruzeiro do Iguaçu;
    • Cruzeiro do Oeste;
    • Diamante do Norte;
    • Flor da Serra do Sul;
    • Formosa do Oeste;
    • Guaíra;
    • Itaguajé;
    • Janiópolis;
    • Jardim Olinda;
    • Juranda;
    • Jussara;
    • Kaloré;
    • Laranjal;
    • Mangueirinha;
    • Maria Helena;
    • Marilena;
    • Maringá;
    • Marquinho;
    • Marumbi;
    • Moreira Sales;
    • Nova Londrina;
    • Nova Olímpia;
    • Perobal;
    • Pitanga;
    • Primeiro de Maio;
    • Quatiguá;
    • Quatro Barras;
    • Querência do Norte;
    • Rondon;
    • Santa Cecília do Pavão;
    • Santa Cruz do Monte Castelo;
    • Santa Isabel do Ivaí;
    • Santa Mônica;
    • Santo Antônio da Platina;
    • Santo Antônio do Sudoeste;
    • São João;
    • São João do Ivaí;
    • São Tomé;
    • Sapopema;
    • Tapejara;
    • Terra Rica;
    • Umuarama;
    • Ventania.

    Confira como o projeto transformou algumas cidades do Paraná:

    MARINGÁ

    Em Maringá, região Noroeste, a adequação foi às margens do Rio Ribeirão Maringá, com a implantação do Parque Gralha Azul, uma Área de Preservação Permanente (APP), com 8,3 mil metros quadrados. Ao todo, o investimento foi de R$ 1.871.180,45.

    Antigamente, o curso hídrico do rio estava em processo erosivo gerado pela drenagem das águas pluviais dos bairros próximos, problema ambiental sanado com a construção do parque urbano. Mas não foi só isso. O projeto permitiu conter as constantes queimadas provocadas por ações humanas, além de oferecer aos moradores da região o primeiro espaço de lazer no bairro.

    ARARUNA

    O primeiro parque urbano do Paraná foi inaugurado em Araruna, na região Centro-Oeste, em 2021. Com 35 mil metros quadrados, o Parque das Araras antigamente era uma área de fundo de vale sem proteção, com sinais graves de desmatamento e assoreamento (acúmulo de terra ou por outros sedimentos).

    A região mudou completamente. Agora, além do lazer oferecido por trilhas, playground, pista de caminhada e academia ao ar livre, há também um resgate ambiental no complexo. Houve, ainda, a melhoria da infraestrutura com a construção da ponte que liga o bairro Jardim Primavera ao Centro da cidade. O Governo do Estado investiu R$ 1.131.333,63, com contrapartida municipal de R$ 62.313,28.

    DIAMANTE DO NORTE

    Também na região Noroeste, para proteger a nascente Lago Xibiu de um processo erosivo, o Instituto Água e Terra (IAT) ajudou a construir o Parque Xibiu em uma área de 9.750 metros quadrados. O investimento foi de R$ 906.368,39. Cerca de 6 mil metros quadrados foram beneficiados diretamente com a reestruturação do local, cenário para educação ambiental, lazer e sociabilidade.

    Além de promover o turismo sustentável, o parque auxilia a preservar o meio ambiente na região. Com vegetação nativa, o espaço ajuda a proteger uma nascente local de uma possível erosão no terreno.

    PRIMEIRO DE MAIO

    Parque Urbano Mário Casanova, em Primeiro de Maio, na região Norte, recebeu o investimento de R$ 824.720,33 para a restauração e implementação de pista de caminhada, áreas de jardim, passeios, um lago e iluminação pública, em uma área de 57.854,72 metros quadrados. O parque traz uma série de benefícios ambientais para o município, com reflorestamento de mata nativa, recuperação do lago e controle de cheias, além de proporcionar o desenvolvimento de ações de conscientização ecológica, a conservação do meio ambiente e o fomento ao turismo.

    GUAÍRA

    Em Guaíra, região Oeste, a revitalização do Parque do Lago sanou um grave problema de assoreamento e poluição do corpo hídrico, além de diminuir a sobrecarga do sistema de drenagem e prevenção de alagamentos. Para isso, a soma do investimento entre o Governo do Paraná e da prefeitura local foi de R$ 1.857.251,21. Os novos atrativos turísticos e de lazer foram a pista de caminhada, mudas de ipê, um parque de diversão e um espaço para a observação de peixes.

    AEN

    Foto: IAT

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