Por Wilame Prado
PRAINHA – O prefeito de Maringá, Ulisses Maia, confirmou aos jornalistas que participaram do Café com a Imprensa, esta semana, que o Parque das Águas será entregue ainda na atual administração, que se encerra em dezembro de 2024. “Ano que vem teremos a piscina de onda funcionando, as quadras de Beach tênis, estacionamento, estrutura adequada para que a nossa Prainha já possa ser desfrutada por todos”, disse.
Uma polêmica envolvendo o custo do terreno a ser desapropriada pela Prefeitura de Maringá foi esclarecida durante o bate-papo com os jornalistas. Confirmou-se que o real valor a ser pago ao atual proprietário da terra será de R$ 6,3 milhões, compreendendo os 8 alqueires de terra do local, totalizando o valor de R$ 787,5 mil por alqueire.
O local fica na PR-317, na saída de Maringá sentido Astorga, área considerada valorizada pelo mercado imobiliário por ser agricultável e próxima do perímetro urbano da cidade. Especialistas da área advocatícia e imobiliária consultados pela reportagem do Maringá Post consideram, inclusive, que a Prefeitura de Maringá esteja fazendo “um bom negócio”, caso se concretize a desapropriação por este valor.
Um dos especialistas chegou a comentar que, atualmente, e a depender da área rural, é possível negociar o alqueire por até R$ 1 milhão. A Prefeitura de Maringá, em suas negociações, chegou a “perder”o primeiro lote de terra almejado para desapropriação e construção do Parque das Águas.
Fontes revelaram que o Município tentou desapropriar o espaço, naquela primeira tentativa, ofertando um valor abaixo do mercado, cerca de R$ 200 mil o alqueire, o que foi rejeitado pela outra parte, com sinalização de provável litígio posterior ao decreto de desapropriação, o que, no entendimento da Procuradoria Geral do Município, seria melhor evitar naquele momento para não atrasar as possíveis obras da Prainha.
“Está tudo certo para formalizarmos ainda este ano a desapropriação da terra e darmos sequência ao processo licitatório antes do início das obras na Prainha”, finalizou o prefeito de Maringá. O Parque das Águas de Maringá foi oficialmente anunciado em janeiro deste ano, quando Maia convocou uma coletiva de imprensa para dar detalhes do projeto da Prainha.
“Até dezembro de 2024, muita gente vai poder se divertir na piscina de ondas. Nossa prainha só não vai ter água salgada, mas ninguém mais vai poder dizer que em Maringá só falta praia”, brincou o prefeito, à época.
Projeto Parque das Águas
Durante a coletiva de imprensa, imagens ilustrativas projetadas no telão e também disponibilizadas para o público possibilitaram uma dimensão inicial de como ficará o Parque das Águas, que, além da praia artificial com piscina de onda e areia, ainda contará com outros espaços de lazer e esportes, a exemplo das quadras de vôlei de areia e beach soccer – hoje uma febre em Maringá.
Com ares de panfleto de resorts, o material de divulgação chama a atenção, devendo ser a Prainha de Maringá uma das obras de maior impacto visual a ser entregue pela Gestão Ulisses Maia.
Na linha do tempo e cronograma da obra, o start é o dia 1º de janeiro de 2021, quando o prefeito afirmou em uma postagem, quando muitos inicialmente acharam se tratar apenas de uma brincadeira: “Estou pensando em implantar uma prainha artificial em Maringá. O que acham da ideia? Sugestões de local?”
De lá para cá, a administração realizou, no ano passado, estudo de viabilidade e avaliação de recursos, além de estudo técnico para a escolha do local. Também em 2022, houve negociações para sacramentar o lote em que seria desapropriado e assim pudesse ser o endereço do Parque das Águas. Essa etapa ainda se encontra em negociação.
Para este ano de 2023, o cronograma prevê projetos de acesso, área verde e estacionamento, além de execução de terraplanagem e levantamentos de licenciamentos ambientais. Ainda neste ano, está previsto a dotação orçamentária definitiva, processo de licitação da obra e contratação de empresa para a construção do Parque dos Águas, que deverá iniciar os trabalhos ainda em 2023.
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