Em Maringá, a paróquia e santuário Santa Rita de Cássia preparou uma programação especial para as comemorações do Dia de Santa Rita, celebrado na próxima segunda-feira, 22 de maio.
Haverá seis celebrações: às 5h45, 9h, 12h, 15h, 18h e 20h. A previsão é que mais de 20 mil pessoas passem pelo local.
A Santa Missa das 15h será presidida pelo Arcebispo de Maringá, Dom Severino Clasen. Após essa celebração, será feita uma grande homenagem à Santa Rita, com pétalas de rosas e papel picado diante da grande imagem da santa que fica em frente ao santuário.
Na data haverá a entrega do bolo de Santa Rita, para quem adquirir o convite antecipadamente.
A paróquia também preparou uma programação especial para os dias 27 e 28 de maio (sábado e domingo): quermesse com barracas de comida e bebidas e apresentações musicais durante o final de semana e show de prêmios no domingo.
Santa das causas impossíveis
Em 1381, no povoado italiano de Roccaporena, nasceu Margherita Lotti, que ficaria conhecida como Santa Rita de Cássia, padroeira das Causas Impossíveis. Filha de camponeses, Margherita foi prometida em casamento e, mesmo com o sonho de seguir a vida religiosa, obedeceu aos pais, casando-se com Paulo Ferdinando Mancini, com quem teve filhos gêmeos.
Os anos de casada foram sofridos, pois o marido dela era um homem violento. Ele acabou assassinado por um inimigo e os filhos do casal juraram vingança. Mas Rita suplicou a Deus para que não deixasse seus filhos cometerem tamanho pecado e o pedido foi atendido. Os gêmeos adoeceram subitamente e faleceram antes que pudessem executar a vingança.
Viúva e sozinha, Rita se empenhou em realizar o sonho de infância, pedindo diversas vezes para entrar na comunidade das monjas Agostinianas da cidade de Cássia, na Itália.
Mas por ter sido casada, o pedido era sempre negado, até que aconteceu um milagre: enquanto dormia, Rita teve uma visão de São Francisco, São Nicolau e São João Batista, que a conduziram ao mosteiro. Ao acordar, ela estava aos pés do crucifixo, dentro do mosteiro, cujas portas estavam trancadas. Diante disso, Rita foi aceita na comunidade, onde permaneceu por 40 anos.
Este, porém, não foi o único milagre. Após regar galhos secos no jardim do mosteiro, ali cresceu uma videira que dá uvas até hoje. Religiosa exemplar, Rita ouvia pedidos de fiéis desesperados, cujas orações eram atendidas. Certo dia, enquanto rezava profundamente diante do crucifixo, a santa desejou compartilhar a dor de Jesus. Foi então que um espinho caiu da coroa de Jesus e perfurou a testa de Rita, provocando uma ferida que cicatrizou somente após a morte dela, 15 anos depois.
Pouco ante de morrer, Rita recebeu a visita de um parente e lhe pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa. Lá esse familiar notou que mesmo diante de um inverno rigoroso, floresceu uma rosa branca. A morte da santa ocorreu em 22 de maio de 1457, quando a ferida da testa cicatrizou e, no local, surgiu uma mancha vermelha que exalava perfume de rosas.
Santa Rita de Cássia foi beatificada em 1627, pelo Papa Urbano Vlll, e canonizada em 1900, pelo Papa Leão Xlll.
A popularidade de Santa Rita
De acordo com o padre Onildo Luiz Gorla Júnior, que é pároco e reitor da paróquia e Santuário Santa Rita de Cássia, em Maringá, o que explica a popularidade da santa é a história de vida diferenciada: mesmo diante de grandes desafios e sofrimento, ela permaneceu perseverante na fé. Santa Rita superou expectativas e quebrou preconceitos e, apesar de tudo o que passou, sempre confiou nos planos de Deus.
“Essa confiança lhe trouxe alegria e conforto. Deus nunca lhe abandonou, pelo contrário, sempre deu sinais de que estava com ela. Essa história emocionante é o que a faz ser conhecida e amada em todo o mundo, além, é claro, dos milagres que acontecem porque as pessoas confiam na intercessão de Santa Rita”, explica o padre.
Com informações da Revista Maringá Missão
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