Atividades letivas estarão suspensas a partir de segunda-feira (15). Instituição é a 6ª do Paraná a aderir ao movimento. Professores reclamam perdas salariais que, segundo sindicatos que representam a categoria, chegam a 42% em sete anos.
Por Victor Ramalho
Professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram, em assembleia nessa quinta-feira (11), a adesão à paralisação dos docentes das universidades estaduais do Paraná. Conforme a Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), as atividades letivas estarão paralisadas a partir de segunda-feira (15), por tempo indeterminado.
A instituição é a 6ª a aprovar a greve. Das sete universidades estaduais do Paraná, apenas a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) ainda não aprovou a paralisação, o que deverá ocorrer durante assembleia dos docentes na próxima quarta-feira (17).
A primeira instituição de ensino superior do Estado a aprovar a greve foi a Universidade Estadual de Londrina (UEL), na semana passada. Na quarta-feira (10), foi a vez da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Em todas as instituições, no entanto, as atividades administrativas e setores que atendem alunos e comunidade, como Bibliotecas e Restaurantes Universitários (RUs) seguem com atendimento normal.
Por meio de nota, o sindicato que representa os professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) informou que “a expectativa das direções é que a greve possa pressionar o governo para abrir uma mesa de negociação pela reposição salarial, e também para apresentar prazos concretos em relação à proposta de carreira docente.”
Docentes do ensino superior no Paraná reclamam perdas de reposição salarial que, segundo eles, chegam a 42%. Não há reposição salarial para a categoria há 7 anos. Neste ano, o governador Ratinho Junior (PSD) sinalizou com uma proposta de reposição de 5,79%, com pagamento previsto para agosto. Os sindicatos, no entanto, ainda não responderam a proposta.
Em todo o Paraná, são cerca de 87 mil alunos matriculados em universidades estaduais. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) informou que “tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo.”
Foto: Arquivo/UEM
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