Parte de acordo com a Sanepar, Horto Florestal pode ser reaberto ao público em Maringá

Compra da área de preservação, que pertence à Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, deve entrar no acordo entre município e Sanepar.

  • A informação foi dada pelo prefeito Ulisses Maia (PSD), durante entrevista à CBN Maringá. Compra da área de preservação, que pertence à Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, deve entrar no acordo entre município e Sanepar.

    Por Victor Ramalho

    A Prefeitura de Maringá planeja reabrir ao público o Horto Florestal Teixeira Mendes, uma área de preservação ambiental situada no centro da cidade. A informação foi dada pelo Prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), durante entrevista à rádio CBN Maringá nessa quarta-feira (10).

    Aberto na década de 1940, o Horto Florestal está fechado ao público desde 2003. O terreno é privado e pertence à Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, empresa que iniciou as vendas dos primeiros lotes de terra da Cidade Canção nos anos 1950.

    Para uma reabertura, seria necessário que o município adquirisse o terreno, o que deverá ocorrer graças ao acordo que está sendo costurado entre Prefeitura e Sanepar. Para seguir com a concessão dos serviços de água e esgoto na cidade, a Sanepar teria se comprometido a comprar uma área de preservação ambiental e entregá-la para a gestão pública.

    O compromisso de compra consta no documento de autorização do acordo enviado à Câmara no dia 2 de maio. Por uma questão jurídica, não diz no texto do legislativo qual área de preservação seria essa. No entanto, Ulisses Maia revelou que se trata do Horto Florestal Teixeira Mendes.

    “A gente não fala, mas todo mundo sabe qual é, que é o Horto Florestal, um grande sonho do maringaense em ter essa área de preservação de volta. Só não falamos porque depende da negociação da Sanepar com a Companhia. Sempre foi nosso projeto reabrir ele para a população, mas o Horto não é da Prefeitura, embora muitos achem que é. Nós entendemos que essa proposta da Sanepar, de comprar o Horto e entregá-lo para a Prefeitura é muito interessante, pois a população tem uma ligação afetiva com o local. É um patrimônio que podemos usar como abatimento de crédito de carbono”, disse à CBN.

    O chefe do Executivo não revelou, no entanto, qual o valor estimado da área. Além da compra do terreno, a Sanepar deverá pagar R$ 300 milhões ao município para encerrar uma disputa jurídica que se arrasta desde 2009. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou nulo um aditivo que prorroga o contrato de Maringá com a empresa até 2040. Para que o serviço continue sendo prestado pela companhia, as partes precisarão fazer um acordo, que ainda dependerá de aprovação da corte.

    Ainda não há data para que o Horto seja reaberto, caso isso ocorra.

    Foto: Arquivo/Tabajara Marques

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