Maringá pagou passagens de ônibus para 382 pessoas em situação de rua em 2022

Os dados são da Secretaria Municipal de Assistência Social. Segundo o município, são pessoas que buscaram ajuda no Centro POP para retornar para suas cidades de origem ou irem em busca de trabalho

  • Os dados são da Secretaria Municipal de Assistência Social. Segundo o município, são pessoas que buscaram ajuda no Centro POP para retornar para suas cidades de origem ou irem em busca de trabalho

    Por Victor Ramalho

    Maringá pagou passagens de ônibus para 382 pessoas em situação de rua em 2022. Os dados foram disponibilizados pela Secretaria Municipal de Assistência Social, a pedido do Maringá Post.

    Segundo o município, as passagens foram fornecidas para pessoas que procuraram entidades de apoio da Prefeitura, como o Centro POP, e pediram ajuda para retornar para as suas cidades de origem, procurar familiares ou irem em busca de oportunidades de trabalho.

    Ao todo, a Prefeitura de Maringá, por meio da Assistência Social, investiu pouco mais de R$ 21 mil com as passagens. O valor não engloba outros tipos de assistência que, eventualmente, os moradores podem ter solicitado.

    Em entrevista ao Maringá Post, a secretária de Assistência Social de Maringá, Sandra Jacovós, explicou que o fornecimento de passagens segue alguns critérios pré-estabelecidos. Em todos os casos, o órgão faz uma investigação prévia para determinar se o motivo que a pessoa em situação de rua apresentou para solicitar o auxílio é verdadeiro.

    “Nós seguimos vários critérios. Um deles é verificar se o destino pedido pela pessoa é atendido em nosso edital de compra de passagens. Normalmente, essas pessoas pedem passagens para cidades da região ou outra cidades um pouco mais distantes, como Curitiba. Mas nós sempre verificamos toda a história, para entender o motivo da pessoa estar querendo ir embora”, disse.

    Ainda de acordo com a secretária, a investigação prévia é pensando no bem-estar das pessoas assistidas. Segundo ela, não se trata apenas de “transferir o problema” para outra cidade. Em alguns casos, a Assistência Social do município de destino também é acionada.

    “Quando a pessoa nos procura dizendo que quer localizar um familiar, nós pedimos auxílio da Assistência Social desse município, para tentar descobrir se ele familiar realmente existe, se está na cidade. Também há casos de pessoas que nos procuram dizendo que querem ir para outro lugar em busca de trabalho. Nesses casos, tentamos verificar se a oportunidade realmente existe, para que a pessoa não vá simplesmente para outro lugar e fique sem assistência”, explica a secretária.

    Imagem Ilustrativa/Arquivo/PMM

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