Refeições dos restaurantes populares de Maringá custarão R$ 3,5 milhões em 2023

Restaurantes populares de Maringá ficam localizados na região central e nos bairros Ney Braga, Santa Felicidade e Tuiuti.

  • Maringá conta com quatro restaurantes populares espalhados pelo centro e bairros (Ney Braga, Santa Felicidade e Tuiuti). A estimativa é que o custo para subsidiar as refeições nestes locais seja de R$ 3,5 milhões em 2023, levando em consideração os 2.250 pratos de comida ofertados diariamente na cidade. Os dados foram encaminhados pela Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Maringá, a pedido da reportagem do Maringá Post.

    A refeição oferecida nos restaurantes populares de Maringá tem recebido elogios pela qualidade e pela possibilidade de se comer boas porções principalmente de arroz, feijão e saladas. Uma página no Facebook não oficial revela diariamente o cardápio do dia, e nesta sexta-feira (10), por exemplo, vai ter arroz, feijão, linguiça toscana assada, legumes refogado, salada e uma fruta de sobremesa. Tudo isso por apenas R$ 3, o que atrai o público de – além de pessoas em situação de vulnerabilidade social – aposentados, estudantes e pessoas que moram próximas aos restaurantes.

    Quem almoçou recentemente em um dos restaurantes populares de Maringá foi o vice-prefeito e secretário de Aceleração Econômica e Turismo, Edson Scabora. Em um vídeo nas redes sociais, ele destacou o trabalho da nutricionista responsável, que se encarrega por garantir uma alimentação equilibrada e saborosa para os maringaenses. “Quando assumimos a gestão em Maringá, havia apenas uma unidade do restaurante popular, e hoje já temos quatro restaurantes no total”, comentou o vice-prefeito, entre garfadas de arroz, feijão preto, saladas e carne ao molho.

    Custos
    A Prefeitura tem o custo de R$ 6 por refeição ofertada no Restaurante Popular Central e R$ 6,50 por refeição ofertada nos restaurantes dos bairros, valores pagos à empresa contratada para executar todo o serviço de manuseio, preparo e oferta alimentar diariamente nos estabelecimentos. O acréscimo do valor da refeição dos restaurantes dos bairros se dá por conta do transporte do alimento, que é todo preparado no Restaurante Popular Central.

    O faturamento das refeições vendidas também fica com a empresa responsável. Ou seja: o preço real de uma refeição nos restaurantes populares custa R$ 9 no Restaurante Popular Central e R$ 9,50 nos restaurantes dos bairros. De acordo com o contrato, a empresa é responsável por todo o processo de produção dos alimentos, aquisição dos gêneros alimentícios, contratação de recursos humanos, transporte e venda dos alimentos.

    Além disso, dois nutricionistas da Secretaria de Assistência Social fiscalizam e acompanham diariamente os processos e a qualidade dos alimentos adquiridos e preparados. A composição do cardápio e a forma de execução de todos os processos, desde o pré-preparo, preparo e distribuição, são orientadas e regidas pelo contrato.

    De acordo com a prefeitura, a estimativa do custo médio de R$ 3,5 milhões em 2023 com as refeições poderá sofrer alterações, já que em abril deste ano haverá renovação do contrato com a empresa responsável, devendo haver um possível reajuste de valores conforme Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Ainda assim, esse reajuste não deverá interferir no custo cobrado pela refeição, que é de R$ 3 – para comer no local ou para levar marmita.

    Em 2022, Prefeitura de Maringá inaugurou um restaurante popular no Conjunto Ney Braga. Foto: Mileny Melo / PMM

    Sobras alimentares
    No Restaurante Popular Central de Maringá, a comida que sobra e que tem condição de consumo é toda destinada a entidades beneficentes cadastradas no Município. São as chamadas sobras limpas. “Caso existam ‘sobras limpas’ nos bairros, estas não podem ser doadas, já que os alimentos foram transportados e, conforme regulação da Anvisa, não podem ser doados ou reutilizados/consumidos”, explica Geferson Almeida Gonçalves, nutricionista do Setor de Coordenação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional da SAS.

    O processo está previsto no contrato do município com a empresa responsável por gerir os restaurantes populares. Antes da escolha das associações para destinação dos alimentos, são realizadas visitas técnicas para orientar sobre a forma correta para consumo dos alimentos e cuidados necessários para o transporte, explica a prefeitura.

    “A ‘sobra limpa’ são alimentos preparados e prontos para consumo que não foram expostos nos balcões térmicos e que ficam armazenados em equipamentos que mantém as características organolépticas e de segurança microbiológica dos alimentos por mais tempo (pass through)”, explica Gonçalves.

    Do chamado “resto ingesta” ou “sobra suja”, alimentos que sobraram no prato da pessoa ou aqueles que foram expostos no balcão térmico e que não podem mais ser consumidos, a média de sobra é de 10 a 15 gramas por pessoa nos restaurantes populares, dependendo do tipo de preparo.

    Sobremesa especial na época do Natal nos restaurantes populares de Maringá. Foto: Reprodução Facebook

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