A Universidade Estadual de Maringá (UEM) retomará as aulas no dia 23 deste mês para dar continuidade ao ano letivo de 2022. A nova gestão, que assumiu a reitoria no ano passado, ainda conta com desafios para os próximos anos, como as políticas de permanência dos estudantes na instituição e a questão das obras paralisadas.
Atualmente, Leandro Vanalli é o reitor e, Gisele Mendes, a vice-reitora e segunda mulher a ser eleita numa gestão para a reitoria da UEM. Ambos integram a Chapa 2, intitulada “Coragem para Mudar”.
Além disso, Mendes também é a primeira diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CSA). A eleição ocorreu em 2020.
Gisele Mendes / Foto: Heitor Marcon / ASC/UEM
O Maringá Post conversou com a vice-reitora sobre as articulações e movimentações da atual gestão na universidade.
Presença da mulher na reitoria
Ao longo dos 53 anos de história da UEM, houve 14 reitores. Apenas uma mulher assumiu o cargo de reitora da universidade, tendo sido antes vice-reitora. Isto, diz Mendes, é muito pouco.
Na universidade, continua, há uma representação equiparada de professoras e acadêmicas. Esta representação precisa chegar nos postos de poder, nas lideranças, deve haver um equilíbrio para que as pessoas tenham uma representatividade feminina, diz.
Universidade multicampi
A UEM é uma universidade multicampi — ou seja, a presença vai além do campus sede em aqui Maringá: há os Câmpus do Arenito (Cidade Gaúcha), Câmpus Regional de Cianorte, Câmpus Regional do Noroeste (Diamante do Norte), Câmpus Regional de Goioerê, Câmpus Regional do Vale do Ivaí (Ivaiporã) e Câmpus Regional de Umuarama.
Além disso, há também o Nupélia (Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura), que é uma base avançada de pesquisa em Porto Rico, uma fazenda experimental no distrito de Iguatemi e, no Distrito de Floriano, uma Estação de Piscicultura.
Esta presença, diz a vice-reitora, gera desenvolvimento para o estado do Paraná.
Assim, foi feito um panorama geral dos campi universitários.
É importante que os gestores realizem visitas aos campi para cumprir o papel de manutenção dos locais, afirma Mendes. Mais do que isso, uma gestão deve estar presente junto aos acadêmicos, professores, técnicos e lideranças regionais para, em primeiro lugar, não deixar os campi abandonados, diz.
Em seguida, ressalta a vice-reitora, a gestão deve se fazer presente frente às lideranças regionais para que elas entendam a importância da UEM para o município, uma vez que a universidade é fator de desenvolvimento e crescimento para as regiões. Esta é a razão que leva a instituição a buscar parcerias e apoio para o término das obras e para o crescimento e a expansão da universidade.
Por fim, quanto às visitas aos campi, Gisele Mendes afirma que é importante para entender a demanda de cada região e abrir novos cursos — por exemplo, observar se existe uma demanda mais industrial ou agrícola em torno da localização de um determinado campi e, com base nesta informação, abrir cursos de graduação que atendam à demanda.
Eventos e atividades
Quando a Chapa 2 concorreu para assumir a reitoria, uma das premissas na pauta era a abertura da UEM às comunidades interna e externa, conta a vice-reitora. A nível interno, o objetivo é divulgar mais a existência de outros campi e cursos da universidade.
Para a comunidade externa, o objetivo é mostrar a importância da UEM para as pessoas, como a universidade pode gerar desenvolvimento.
Uma das iniciativas da instituição para com a comunidade externa é o Instituto de Línguas (ILG), que, de acordo com a vice-reitora, promove formações todos os anos. Jovens e adultos aprendem idiomas que vão os capacitar para o mercado de trabalho em outros países. Além disso, a formação também é importante para a integração entre os países por meio da oportunidade de conseguir bolsas para estudar fora do país.
Orçamento
Gisele Mendes conta que o valor de R$30 milhões do orçamento de R$700 milhões da universidade é destinado a 70 cursos de graduação, 51 departamentos e mais 50 cursos de pós-graduação. É difícil manter a universidade com este valor, diz.
Pelo fato da universidade estar crescendo, é importante ter apoio para atender as demandas, afirma a vice-reitora.
Redes sociais
A vice-reitora também explica a importância da presença da gestão nas redes sociais — pela juventude ser um público bastante frequente na UEM, essa presença virtual se faz importante pois esta geração é mais conectada à internet.
Por isso, diz, a maneira mais rápida de falar com os jovens é por meio das redes sociais, uma vez que a informação pode ser publicada rapidamente nelas com facilidade.
Contudo, independente da idade, pontua mendes, o acadêmico pode ter notícias sobre a universidade por meio das redes como o Instagram, TikTok e pelo podcast Conexão UEM, transmitido na Rádio UEM e publicado no Spotify.
Restaurante Universitário
De acordo com Gisele Mendes, a reabertura do Restaurante Universitário (RU) para a janta está prevista para o dia 30 de janeiro. Esta era uma das pedras basilares para a gestão e é uma política para a permanência dos estudantes na universidade.
Foto: ASC/UEM
Atualizado às 11h42min do dia 14/01/2023
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