Paraná é o primeiro estado com dupla certificação por eliminar da transmissão vertical do HIV e Sífilis

O reconhecimento do Ministério da Saúde foi para Guarapuava, em evento realizado na Fundação Oswaldo Cruz.

  • O Paraná é o primeiro Estado brasileiro a receber dupla certificação da eliminação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis. O reconhecimento do Ministério da Saúde foi para Guarapuava, em evento realizado na quarta-feira (7) na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília. Maringá e Ponta Grossa também receberam a certificação do HIV. Pinhais, além da eliminação vertical do HIV, recebeu o selo prata rumo a eliminação da Sífilis.

    “Este reconhecimento é muito importante para o Paraná e só foi possível com a execução das boas práticas e o excelente trabalho realizado pelo Governo do Estado, em parceria com os municípios. Continuamos focados no fortalecimento das ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes e crianças para que outros municípios paranaenses possam integrar essa lista”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

    O Paraná mobilizou e apoiou os municípios com 100 mil habitantes ou mais que respondiam aos critérios estabelecidos para pleitear junto, ao Ministério da Saúde, a eliminação da transmissão vertical do HIV ou Sífilis. “Foi um trabalho complexo, extenso e de muita competência dos profissionais da saúde e gestores paranaenses, mas quem ganha em qualidade na prestação dos serviços é a população”, disse a chefe da Divisão de Doenças Sexualmente Transmissíveis da secretaria estadual da Saúde, Mara Franzoloso, que representou o Estado durante o evento.

    Em 2017, o Paraná já foi destaque nacional por ser o primeiro a receber a certificação da eliminação da Transmissão Vertical do HIV, no município de Curitiba. A cidade de Umuarama também recebeu o reconhecimento de livre da transmissão vertical do HIV em 2019. Agora são seis os municípios paranaenses que estão certificados pelo Ministério da Saúde.

    TRANSMISSÃO VERTICAL – A Transmissão Vertical (TV) ocorre quando a doença passa da mãe para o feto no útero ou durante o parto. Mães que vivem com o HIV têm 99% de chance de terem filho sem o HIV se seguirem as orientações e tratamentos recomendados durante o pré-natal, parto e pós-parto.

    DEZEMBRO VERMELHO – O mês de dezembro recebe a cor vermelha como forma de alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, prevenção e tratamento do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em parceria com as 22 Regionais de Saúde e os 399 municípios, durante todo o mês, são realizadas ações de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas que convivem com essas doenças.

    DADOS – No Paraná, segundo dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (Sinan), em 2021 foram notificados 1.016 casos de Aids em adultos e 644 pessoas morreram em decorrência da doença no Estado. Este ano, foram 635 novas notificações. Por HIV, quando a pessoa apresenta o vírus, mas ainda não desenvolveu a doença Aids, em 2021, foram registrados 2.266 casos novos em adultos e 313 em gestantes. Neste ano, dados preliminares mostram que existem 1.652 novas notificação para o HIV.

    Agência Estadual de Notícias do Paraná / Foto: SESA

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