Em entrevista para o quadro Dois Lados da CNN Brasil, Ricardo Barros (PP) comentou o posicionamento do Partido Progressistas em relação à futura gestão da presidência por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PP, ele disse, ainda não se reuniu, nem tomou deliberação quanto ao que acontecerá.
Barros afirmou, ainda, que nesta quarta-feira (09/11) haverá conversa com Lula da Silva e Arthur Lira (PP). O partido se posicionará no momento certo, disse o líder. No momento, Ricardo Barros acredita que se deve dar um tempo para que o eleitor entenda este novo momento e, possivelmente em um ano, o partido ter uma posição unificada.
O líder também afirmou acreditar ser responsabilidade do presidente eleito Lula da Silva pacificar as forças políticas por meio da escolha de um time que pense para frente no país.
Quanto à PEC de transição, Barros disse que esta deve ser absolutamente consensual, do contrário, não tramitará no prazo necessário. Por enquanto, o consenso absoluto existe para o auxílio de R$600,00 (seiscentos reais) e para o ganho real do salário mínimo, promessas de ambos os candidatos, disse o líder.
Além disso, acredita que as promessas realizadas por Lula da Silva de R$150,00 (cento e cinquenta reais) a mais por criança de até seis anos para o auxílio, a correção da tabela do imposto de renda e o aumento de servidores públicos não serão resolvidas agora. O motivo, ele disse, é uma base bolsonarista não comprometida com tais pleitos.
Barros disse que a transição deve avançar o que for possível e, durante a gestão, o presidente eleito deverá cumprir outros avanços sociais prometidos.
Barros também afirmou que a maioria dos parlamentares não são de direita e nem de esquerda. Por conta disto, acredita que o centro definirá o tom de quanto Lula da Silva poderá avançar na pauta.
O líder também mencionou a tarefa de acabar com o ativismo judicial no Brasil; o poder Judiciário, ele disse, tem buscado estar acima dos poderes Executivo e Legislativo. Tal ativismo, ele disse, atingiu o governo de Jair Bolsonaro (PL) e poderá atingir o governo de Lula da Silva.
Por fim, acredita que não há possibilidade do governo Lula revogar medidas do governo Bolsonaro logo no início da gestão.
Com informações da CNN Brasil / Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Atualizado às 16h42min.
Comentários estão fechados.