Na sessão da Câmara de Maringá dessa terça-feira, 8, vereadores debateram mais uma vez o momento pós-eleições. Não só isso, também houve menção ao discurso realizado por Mario Verri (PT) na sessão da última quinta-feira (03/11).
A Câmara de Maringá publicou uma nota de esclarecimento lamentando a fala do vereador: como visto na postagem, Verri chamou de imbecis os manifestantes que realizaram protestos próximos ao Tiro de Guerra, contrários ao resultado das urnas, na última quarta-feira (02/11). O discurso também incluiu os vereadores apoiadores de tal manifestação.
Paulo Biazon (UNIÃO BRASIL) pediu desculpas à população maringaense pela mencionada e disse se sentir envergonhado por ter que subir ao púlpito para realizar o pedido. Além disso, incentivou a população a se ajoelhar em frente de instituições como quartéis, câmara, prefeitura e igrejas.
Em seguida, a pedido de Mário Hossokawa (PP), Sidnei Telles (AVANTE) leu a nota postada pela Câmara.
Cris Lauer (PSC) subiu ao púlpito para falar que sentiu ofendida pela fala do vereador apoiador do Partido dos Trabalhadores (PT). Em adição, afirmou que Jair Bolsonaro (PL) se encontra dentro das quatro linhas da Constituição, que abarcam preceitos como liberdade, desenvolvimento, redução da desigualdade social e promoção do bem-estar, sem preconceitos.
O Delegado Luiz Alves (REPUBLICANOS) também falou sobre as manifestações e o período pós-eleições no Brasil. Quanto aos argumentos de que tais atos teriam sido antidemocráticos e ilegítimos: uma pessoa vencida pela maioria não necessariamente apresenta um pensamento antidemocrático ou ilegal, disse. O vereador disse que as pessoas que chamaram as manifestações de ilegítimas foram as mesmas que se insurgiram contra regimes do passado.
A Professora Ana Lúcia (PDT) afirmou que o tempo atual é de comemoração da democracia, pois este é o maior período democrático que o país já vivenciou. A vereadora ressaltou: a Constituição Federal assegura as manifestações. Contudo, enfatizou Ana Lúcia: “a Constituição […] impõe limites exatamente à apologia à ditadura. Isso é crime.”, lembrou. A pessoa que perpetuar um crime, ressaltou, será responsabilizada. Por fim, afirmou, embora o governo ainda não tenha assumido, ele já está trabalhando e revendo o orçamento para que se possa realizar a reconstrução de políticas de educação, de políticas sociais e de políticas de renda básica e de saúde.
Alex Chaves (MDB) também se posicionou a respeito das manifestações. Por ser democrata, ele disse, acredita que o importante é, para dentro da lei, o povo ser livre, poder levantar a própria bandeira, falar o que pensa e respeitar.
Mário Hossokawa (PP) mostrou apoio à manifestação realizada em Maringá em frente ao Tiro de Guerra na Avenida Mandacaru. Porém, fez um apelo para os organizadores da manifestação: o vereador pediu que não interditem totalmente a avenida, uma vez que o trânsito no local é intenso e, de acordo com o vereador, há um trânsito grande de ambulâncias pela região. Desta forma, afirmou, os moradores, bem como os transportes públicos, conseguirão transitar pela região.
Reprodução: TV Câmara Maringá.
Atualizado às 19h03min.
Comentários estão fechados.