Características emocionais da Geração Z no mercado de trabalho

Estressados, esgotados e sobrecarregados, muitos jovens, a famosa “Geração Z”, têm abandonado suas carreiras e projetos pessoais.

  • A psicóloga clínica e instrucional, Luciana Rubea Freitas é a convidada do Papo de Especialista.

    Ela é mestranda em Psicologia, docente em cursos de graduação do UniCV, responsável pelo Projeto de vida, no Ensino Médio do Colégio Axia.
    Estressados, esgotados e sobrecarregados, muitos jovens, a famosa “Geração Z”, têm abandonado suas carreiras e projetos pessoais. Por que isso acontece?

    Segundo a psicóloga, os jovens dessa geração vão até aproximadamente 25 anos, ou seja, muitos estão ainda ingressando no mercado de trabalho.
    Essa é uma geração muito impactada pela tecnologia, que enfrentou muitas mudanças nas configurações de vida, e a partir disso, efeitos psicológicos foram causados:
    As relações se tornam cada vez menos presenciais, para facilitar e agilizar a rotina;
    O lazer e o prazer é muito buscado por esses jovens, tanto que alcoolismo e abuso de substâncias químicas são recorrentes entre essa geração, para suprir, lidar com situações e dificuldades rotineiras;
    A tecnologia é um meio de prazer imediato para a geração z, já que esses jovens buscam imediatismo em muito do que fazem. É possível enxergar isso na busca por empregos, muitos deles, se não se satisfazem facilmente com um emprego, tão logo buscam por outro;
    A estabilidade vem por segundo plano, por exemplo. A frustração para a geração z é pouco tolerada;
    O rivotril é o segundo remédio mais consumido no Brasil, a professora explica que transtornos psicológicos são o “mal” dessa geração. Segundo ela, é raro atualmente, um jovem que não toma um remédio para controle da ansiedade, por exemplo.
    Esses comportamentos e características, juntamente com as doenças psíquicas, são parte da modernidade que vivemos como sociedade, e parte da forma como a geração z foi criada e moldada.
    O sofrimento existe, ele precisa ser olhado com cuidado, para que ele possa ser resolvido. Ou seja, o próprio jovem precisa entender que o sofrimento existe e faz parte da vida, e as pessoas, família, amigos, empresas, devem também oferecer suporte a esse jovem, para que o sofrimento seja resolvido da forma mais saudável possível.
    Imagem: freepik

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