Tempo estimado de leitura: 3 minutos
Um padre foi preso temporariamente neste domingo (24) sob suspeita de estupro de vulnerável, segundo informações da Polícia Civil do Paraná. Até o momento, seis vítimas do sexo masculino foram identificadas. Em um dos casos mais recentes, ele teria dopado um jovem de 19 anos e abusado sexualmente enquanto oferecia tratamento contra dependência química.
A delegada responsável pelo caso, Thaís Zanatta, afirmou que denúncias anteriores, incluindo situações envolvendo crianças e outro seminarista, teriam sido abafadas por superiores da Igreja Católica, permitindo que o sacerdote continuasse suas atividades por anos. O abuso mais recente ocorreu há cerca de duas semanas em uma clínica onde ele oferecia “terapias complementares”.
O arcebispo da diocese informou à imprensa que o padre foi suspenso imediatamente após a denúncia oficial, recebida em 14 de agosto. Um processo de investigação interna está em andamento e, se confirmada pedofilia, a decisão do Vaticano prevê a demissão do estado clerical.
O advogado de defesa do sacerdote afirmou que buscará revogar a prisão e pretende provar a inocência do padre. Ele destacou que o religioso atua há 12 anos como sacerdote e realiza atividades sociais voltadas a pessoas vulneráveis.
Conforme a investigação, os abusos envolveram festas com bebidas alcoólicas, distribuição de presentes a crianças e adolescentes e situações em que menores dormiam na casa do padre, inclusive em seu quarto.
O primeiro registro contra o sacerdote ocorreu em 2010, quando ele ainda era seminarista. Outros casos foram documentados entre 2013 e 2014, e novas denúncias surgiram em 2021, sem que a polícia fosse acionada até os acontecimentos recentes.
De acordo com informações publicadas pelo G1 Paraná, a investigação segue em andamento para identificar novas vítimas e apurar a conduta do religioso e a atuação de superiores da Igreja.