Jovem é morto após suposto furto de chiclete e chocolate em supermercado; vítima trabalhava em multinacional

Segundo as investigações, o rapaz foi espancado por pelo menos quatro homens – três deles eram funcionários ou terceirizados ligados ao supermercado.

  • Tempo estimado de leitura: 3 minutos

    Um jovem de 22 anos, identificado como Rodrigo da Silva Bochen, foi morto após ter supostamente furtado um chocolate e chicletes de um supermercado de Curitiba (a cerca de 420 km de Maringá).

    O caso aconteceu na última quinta-feira (19). De acordo com as investigações, o rapaz foi seguido e agredido por pelo menos quatro homens – três deles eram funcionários ou terceirizados ligados ao supermercado. A suspeita é de que eles tenham espancado a vítima até a morte e depois abandonado o corpo em uma via deserta nas proximidades.

    A família, que mora próximo ao mercado, afirma que Rodrigo era conhecido na região e frequentava o estabelecimento com frequência. Ele trabalhava como auxiliar em uma multinacional.

    O advogado da família afirma que o ocorrido foi um crime “extrema gravidade, marcado por requintes de crueldade”, que não pode ser justificado pelo furto de alguns reais em mercadorias.

    Uma testemunha gravou um vídeo do momento em que o corpo de Rodrigo foi abandonado. As imagens, que se espalharam pelas redes sociais, foram fundamentais para que os responsáveis fossem identificados.

    A Polícia Civil segue investigando o caso.

    O que diz o mercado?

    Em vídeo enviado à imprensa, o advogado Elias Mattar Assad, que está à frente da defesa do supermercado, disse que o mercado lamenta profundamente o ocorrido e desde o primeiro momento colabora com a Justiça para apurar as responsabilidades pessoais de cada um dos envolvidos.

    “O mercado, em seus protocolos de segurança, sempre recomendou aos seus funcionários terceirizados máxima cautela em ações permeadas pela contenção não violenta e sempre restrita aos limites de suas unidades” disse o advogado Elias Mattar Assad.

    Conforme o supermercado, que considerou a situação como um fato isolado, o crime ocorreu fora de suas dependências. “Quem iniciou a agressão foi um terceiro, estranho ao estabelecimento. Esperamos que estes fatos sejam interpretados dentro da realidade e dentro do que realmente aconteceu naquele local” conclui Mattar Assad.

    Comentários estão fechados.